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ENTREVISTA: “Estamos só começando”, diz CEO da Vamos após balanço

Publicado 27.07.2021, 18:43
Atualizado 28.07.2021, 07:38
© Reuters.

Por Ana Julia Mezzadri

Investing.com - A cada divulgação de balanço trimestral, a Vamos (SA:VAMO3) vem demonstrando forte crescimento. Os números do segundo trimestre, publicados na noite de terça-feira (27), provam que a tendência segue a mesma.

A locadora de caminhões, máquinas e equipamentos reportou lucro líquido de R$ 100 milhões no 2T21, alta de 2,5 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior e um recorde histórico para a companhia. 

“Nos últimos três anos, este já é o 12º recorde consecutivo que estamos batendo, com crescimento bastante acentuado em todos os trimestres”, afirma Gustavo Couto, CEO da Vamos.

Diante do forte crescimento, podem surgir temores em relação à rentabilidade. No entanto, Gustavo Moscatelli, CFO da empresa, garante que os dois indicadores têm caminhado lado a lado. De fato, o retorno sobre investimento de 14,9% demonstra melhora em relação aos 11,4% do ano passado.

“Além de estarmos imprimindo um ritmo de crescimento bastante acelerado, também estamos acompanhando a rentabilidade do negócio para conseguir capturar todo o valor possível na expansão dos números da companhia”, explica.

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Confira a seguir entrevista com Gustavo Couto, CEO, e Gustavo Moscatelli, CFO do Grupo Vamos:

Investing.com Brasil - Quais são os destaques do balanço?

Gustavo Couto - Estamos muito felizes com o resultado do segundo trimestre. É um novo recorde no resultado da companhia, que vem consolidando uma trajetória de crescimento muito forte em todas as unidades de negócios. Esse ecossistema, trabalhando integrado, vem fazendo com que consigamos apresentar um resultado crescente trimestre a trimestre. Nos últimos três anos, este já é o 12º recorde consecutivo que estamos batendo, com crescimento bastante acentuado em todos os trimestres.

Gustavo Moscatelli - Um outro item bastante importante, que obviamente o mercado sempre cobra, é a questão da rentabilidade, dado esse crescimento agressivo. Estamos conseguindo extrair bastante valor da escala da companhia, que vem aumentando trimestre após trimestre. Isso tudo é sinergia que temos entre os nossos negócios. Reportamos agora no segundo trimestre uma expansão significativa na nossa rentabilidade. O principal indicador, que é o retorno sobre o capital investido, atingiu 14,9% nesse segundo trimestre, que se compara a 11,4% do ano passado. Então além de estarmos imprimindo um ritmo de crescimento bastante acelerado, como o Gustavo Couto comentou, também estamos acompanhando a rentabilidade do negócio para conseguir capturar todo o valor possível na expansão dos números da companhia.

Inv.com - A pandemia afetou os negócios da Vamos no ano passado?

GC - 2020 foi um ano em que superamos também as metas e as expectativas que tínhamos, mesmo com a pandemia. Essa é uma das razões principais pelas quais os investidores, o mercado de capitais de uma forma geral, os próprios analistas e os bancos reconheceram que o nosso modelo de negócios independe do ambiente macroeconômico. Ano passado foi o ápice da pandemia, em que vimos boa parte dos setores passarem por dificuldades, e nós continuamos crescendo em relação a 2019. Apresentamos um lucro recorde no ano de 2020, comparado com anos anteriores, mesmo em um ambiente de pandemia.

Nosso negócio não foi afetado pela pandemia, pelo contrário. Se pararmos para pensar, as empresas que estão passando por um momento de recessão param para rever suas operações, avaliar alternativas de redução de custos… E quem faz conta prefere alugar um caminhão. Daí vem o nosso crescimento. Ou seja, cada vez mais esse modelo de negócio vem sendo conhecido pelo mercado brasileiro, que até então era algo muito pouco utilizado, e a Vamos vem com um caráter pioneiro nesse mercado.

Inv.com - Houve um aumento expressivo no Capex. Quais são os principais investimentos em que a Vamos está apostando?

GC - Esse Capex foi 100% de aquisição de equipamentos, caminhões e máquinas que foram alugadas. No ano passado fizemos R$ 1,3 bilhão em aquisição de equipamentos que foram alugados, e somente neste semestre já foram R$ 1,9 bilhão: ou seja, 50% a mais do que no ano passado inteiro. São aquisições principalmente de caminhões que foram alugados e, consequentemente, determinam uma perspectiva de crescimento muito forte para a companhia nos próximos exercícios.

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Inv.com - Para além das aquisições de veículos, houve também aquisições de outras empresas. Quais ganhos são esperados dessas últimas aquisições?

GC - Destacamos três aquisições. A primeira é a da rede de concessionárias Monarca, que está na BR-163, no estado de Mato Grosso, que é a região mais promissora para o agronegócio. E, de novo, somos o maior concessionário de caminhões Volkswagen/Man do Brasil, junto com nossas concessionárias do agronegócio. Então temos uma oferta integrada para esses produtores agrícolas, que estão crescendo e expandindo sua área de plantio. A Monarca vem ao encontro dessa expansão em uma das áreas que mais cresce e que mais tem ganho de eficiência no agronegócio brasileiro. 

A outra aquisição que chama a atenção são as empilhadeiras elétricas da marca BYD, uma marca líder mundial em empilhadeiras com baterias de lítio, que são as máquinas mais modernas do ponto de vista da vida útil das baterias. Com isso nos tornamos, provavelmente, a maior locadora de empilhadeiras elétricas do Brasil. É uma pegada importante na substituição da matriz energética do país, deixando o combustível fóssil cada vez mais de lado, partindo para veículos e, nesse caso, empilhadeiras elétricas. Tem sido uma tendência muito forte. 

A terceira e última foi a empresa BMB, um centro de tecnologia e customização de caminhões 100% dedicada à Volkswagen/Man. Com isso damos um importante passo na verticalização. Um volume muito grande de caminhões que alugamos é customizado, ou seja, recebe algum tipo de preparo. Com base nisso, a BMB é uma empresa de altíssima tecnologia que garante um diferencial importante na customização dos caminhões para os diferentes setores que atendemos.

Inv.com - Há mais aquisições em vista?

GC - Estamos sempre avaliando. O nosso crescimento é fundamentalmente orgânico, porque o que estamos fazendo é inovador. A Vamos é pioneira no desenvolvimento desse mercado no Brasil, um mercado que já é bastante maduro fora do país. Então, estaremos sempre olhando para aquisições, oportunidades que existam, mas fundamentalmente o nosso crescimento é orgânico. Aquisições podem acontecer, mas não é tanto de onde esperamos esse crescimento da Vamos.

Inv.com - Quais são as expectativas para os próximos trimestres? Mais crescimento?

GC - Sem sombra de dúvida já planejamos a companhia para crescer muito mais. Nesse momento temos planejado a compra de caminhões e equipamentos para os próximos trimestres. Isso já assegura uma capacidade muito forte de atendimento, até mais forte do que apresentamos até agora. Então temos a expectativa de acelerar mais. Estamos só começando e temos certeza que os próximos trimestres vão ter um ritmo de crescimento ainda mais forte.

Últimos comentários

No ano passado a "gente fizemos" R$ 1,3 bilhão.....ops...
linda demais, tô desde o IPO, voa
Capitalismo selvagem, enquanto isso milhões passando necessidades básicas..
Vai ler a Biblia meu amigo, talvez não consiga entender, mas estão gerando emprego e renda.
“Ô vitimizado”
os seus dois neurônios podem fazer mais que isso!!
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