SÃO PAULO (Reuters) - A Equinor anunciou nesta segunda-feira a contratação da Valaris para a perfuração do projeto Raia no Brasil, em acordo com valor estimado de 498 milhões de dólares.
A licença está localizada a aproximadamente 200 quilômetros do Rio de Janeiro, em profundidades marítimas de até 2.900 metros. O projeto prevê uma plataforma do tipo FPSO, com capacidade de exportação de gás de 16 milhões de metros cúbicos por dia. Quando em operação, estima-se que poderá fornecer até 15% da demanda total de gás no Brasil.
Segundo a petrolífera norueguesa, as atividades de perfuração devem começar em 2026. O objetivo é perfurar seis poços, visando começar produção em 2028.
Localizado na região do pré-sal da Bacia de Campos, o Raia é um dos maiores projetos de gás em desenvolvimento no Brasil. No total, contém reservas recuperáveis de gás natural e petróleo/condensado superiores a 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe), disse a Equinor.
A perfuração no projeto Raia será realizada pelo DS-17, um navio-sonda de águas ultraprofundas, capaz de operar em profundidades de água superiores a 3.600 metros.
O Valaris DS-17 também opera no campo de Bacalhau, no pré-sal da Bacia de Santos. Durante o período de intervalo entre o escopo atual de Bacalhau e o início no projeto Raia, a sonda de perfuração pode estar disponível para trabalho alternativo, disse a Equinor.
Em paralelo, a petrolífera anunciou também a contratação de outros serviços de perfuração e poços em Raia junto às empresas SLB, Baker Hughes e Halliburton, no valor total de 109 milhões de dólares.
A Equinor é a operadora e líder do consórcio que desenvolve o projeto, com 35% de participação, e tem como sócias a Petrobras (BVMF:PETR4) (30%) e da Repsol (BME:REP) Sinopec Brasil (35%).
(Por Letícia Fucuchima)