Cyrela: crise ainda não saiu do horizonte do mercado imobiliário (Cyrela/Divulgação)
SÃO PAULO – Prova de que a crise ainda não deixou o mercado imobiliário, a Cyrela (SA:CCPR3) apresentou números menores que o do segundo trimestre do ano passado. Veja as empresas que foram notícia nesta quarta-feira (20):
Desconstrutivismo - A Cyrela teve queda de 43,9% no volume de lançamentos no segundo trimestre, na comparação com mesmo período de 2015, para R$ 598 milhões. Já as vendas líquidas contratadas entre abril e junho somaram R$ 558 milhões, 31% menor.
Quase lá - A Vale (SA:VALE5) divulgará uma produção de 86 milhões de toneladas no segundo trimestre, incluindo aquisições de terceiros, segundo analistas consultados pela Bloomberg. O total contrasta com um recorde para o segundo trimestre de 89,3 milhões registrado um ano antes.
Um brinde - A AB InBev obteve o aval do Departamento de Justiça dos EUA para comprar a sul-africana SABMiller, um negócio de US$ 107 bilhões anunciado em novembro. Para conseguir a autorização, a empresa controlada por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira aceitou uma série de restrições antitruste.
Subiu no telhado - A Petrópolis pode perder o direito de produzir e distribuir a cerveja Miller no Brasil. O motivo é que o aval dos EUA à conclusão da compra da SABMiller pela AB InBev vai destravar, por sua vez, outro negócio enroscado. Trata-se da venda da fatia da SABMiller na MillerCoors para a Molson Coors, que assumiria 100% da empresa. E, por tabela, o direito de produzir e vender a cerveja Miller fora dos EUA.
Uma gota no oceano - O juiz responsável pela recuperação judicial da Oi (SA:OIBR4) determinou que o Banco do Nordeste devolva quase R$ 68 milhões à operadora em 24 horas. Os recursos foram retidos pela instituição, após a empresa pedir a proteção da Lei de Falências. O banco alega que o contrato de financiamento assinado com a Oi lhe permite essa medida, mesmo em casos extremos. A dívida total da Oi é de R$ 65 bilhões.
Data vênia - A Eletrobrás decidiu recorrer à Justiça, após sindicatos recusarem sua proposta de reajuste salarial. Das 16 empresas que formam o grupo, quatro rejeitaram a oferta: Eletrobras (SA:ELET3) Holding, Eletrobrás Cepel, Furnas e Chesf. Embora numericamente pequeno, o grupo representa 10 mil dos 18 mil funcionários da estatal.
De volta ao lar - O governo federal deve indicar o ex-presidente e ex-conselheiro da Eletrobrás José Luiz Alquéres para presidir a nova formação do conselho de administração da elétrica, segundo a Reuters. Alquéres já foi presidente também da Light (SA:LIGT3) e da Alstom (PA:ALSO), e atualmente presta consultoria.
Efeito Orloff – A Standard&Poor’s manteve o rating da MRS Logística em BB (SA:BBAS3), na escala global. Trata-se do segundo na classificação especulativa. Sua perspectiva também permaneceu negativa. Motivo? Mesmo com a melhoria dos embarques de minério de ferro e commodities agrícolas, a companhia sofre com o rating soberano do Brasil. Segundo a S&P, se o país for rebaixado, a MRS vai junto.
Não é comigo, mas é – Uma decisão da Justiça de Mato Grosso anulou a licitação e o contrato de concessão de serviços de água e esgoto, firmado entre a Companhia de Águas do Brasil (CAB) e a Prefeitura de Cuiabá em 2011. Embora afirme que não faz parte da ação, a CAB informa que estudará as medidas legais cabíveis. A decisão é de 1ª instância.
Permissão para mandar – O Fundo de Participações Axxon Brazil adquiriu 7% do capital social da Mills Estruturas e Serviços de Engenharia. Com isso, já passa a ter direitos políticos na companhia, segundo acordo de acionistas firmados com os outros sócios da Mills. Mas há condições para que esses direitos se consolidem: a) alcançar 13% de participação em até 180 dias; b) dentro do bloco de acionistas, alcançar pelo menos 26% de participação.