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Michel Temer conversou com o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, e disse que está estudando a transferência da Secretaria do Orçamento Federal para o Ministério da Fazenda (Reuters/Ueslei Marcelino)
SÃO PAULO - Bom dia! Aqui está a sua dose diária do Espresso Financista™:
Apito inicial
Com a Bolsa acumulando ganhos ao redor de 10% em julho, o mercado brasileiro inicia o último pregão do mês aguardando números das contas públicas e sob a expectativa de provável delação premiada de diretores da Odebrecht no âmbito da Lava Jato. O cenário externo e a temporada de resultados trimestrais das empresas também influenciam a sexta-feira (29).
Em dia de divulgação do PIB dos Estados Unidos, investidores adotam cautela diante da decisão do banco central do Japão de não aprofundar a política de juro negativo. A autoridade japonesa, porém, aumentou o volume de compra de fundos de ações, o que ajudou a elevar o índice de Tóquio, mas não trouxe alento ao restante do mercado internacional.
Em meio ao temor de excesso de oferta global e fraca demanda por combustíveis, os preços do petróleo seguem em queda, com o barril negociado na faixa de US$ 40 em Nova York.
Por aqui, destaque para o resultado fiscal do setor público consolidado, que deverá mostrar, às 10h30, déficit primário de R$ 15,3 bilhões em junho, segundo as estimativas dos analistas.
O poder e a economia
Cem políticos na delação da Odebrecht - Nas negociações para acertar os acordos de delação premiada, os executivos da Odebrecht citaram mais de cem políticos que receberam alguma vantagem, como dinheiro para campanha, informa O Globo que ouviu uma fonte ligada às investigações. Entre os mencionados estão o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Os depoimentos têm início previsto para hoje.
Temer estuda pedido de Meirelles - Michel Temer conversou ontem com o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, e disse que está estudando a transferência da Secretaria do Orçamento Federal para o Ministério da Fazenda, informa o Estadão. A mudança foi um pedido de Henrique Meirelles.
Depois do MinC, Ministério da Saúde demite 73 - Após o Ministério da Cultura exonerar 81 cargos comissionados, agora é a vez do Ministério da Saúde. Foram demitidos 73 funcionários de áreas estratégicas da pasta. A decisão segue orientação do governo de “desaparelhar” a gestão. Outros ministérios também deverão sofrer alguns cortes. A informação é do Estadão.
Skaf e Meirelles discutem impostos - O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, se encontra com Henrique Meirelles na tarde de hoje para discutir um eventual aumento de impostos, informa a Folha de S.Paulo. O ministro da Fazenda já afirmou que há a probabilidade de elevação dos tributos. Já Skaf tem dito que se houver aumento, “o pato vai voar”.
O empenho do centrão - O centrão quer mostrar ao governo que ainda faz a diferença no Congresso. Segundo a Folha de S.Paulo, o grupo de partidos vai ajudar a aprovar medidas econômicas, mas não garante tanto empenho em pautas menos populares.
O que acontece no mundo corporativo
Menos cerveja - A maior cervejaria da América Latina, Ambev (SA:ABEV3), teve queda de 22,4% no lucro líquido do segundo trimestre, a R$ 2,195 bilhões, em resultado marcado por queda nas vendas em volume e que trouxe corte na perspectiva de receita da empresa no Brasil neste ano.
Novo comandante do Bradesco (SA:BBDC4) - A Justiça aceitou a denúncia e transformou em réu o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais dois executivos, o que fez o banco acelerar a sucessão a presidência. Pessoas próximas da direção afirmam que o sucessor pode ser definido nos próximos dias. Os nomes mais cotados são Sérgio Alexandre Figueiredo, vice-presidente da área de atacado, Alexandre da Silva Glüher, do jurídico e controles internos, e Maurício Machado de Minas, do setor de tecnologia. Todos os seis vice-presidentes concorrem a vaga. A informação é da Folha de S.Paulo.
Indústria brasileira - A Embraer (SA:EMBR3) informou nesta sexta-feira que sofreu prejuízo de R$ 337 milhões no segundo trimestre, revertendo resultado positivo obtido no mesmo período do ano passado.
Chassi de frango - BRF (SA:BRFS3) teve lucro líquido de R$ 31 no segundo trimestre, uma vertiginosa queda de 91,6% ante mesma etapa de 2015.
Mau sinal - Claro, controlada pela mexicana América Móvil, apresentou prejuízo líquido de R$ 231,6 milhões no segundo trimestre, ante lucro de R$ 3,3 milhões um ano antes.
Pausa nas más notícias – A Multiplan (SA:MULT3) apresentou lucro líquido de R$ 98,7 milhões no segundo trimestre. O número é 2,4% maior que o de igual período de 2015. E, em meio a tantos balanços negativos, a operadora de shopping centers mostrou resistência: a receita líquida subiu 4%, para quase R$ 270 milhões, e a taxa de ocupação ficou em 97,6%, ligeiramente abaixo da do início do ano.
Incêndio - O prejuízo de R$ 583 milhões do Grupo Pão de Açúcar (SA:PCAR4) no segundo trimestre é ruim. Mas preocupante, mesmo, é a queima de R$ 7,3 bilhões do caixa no primeiro semestre - uma perda de caixa 68% maior que a do mesmo período do ano passado.
Imunidade - A rede de varejo farmacêutico Raia Drogasil (SA:RADL3) lucrou R$ 157,068 milhões no segundo trimestre, alta de 44,6% sobre um ano antes.
A fila anda - A diretoria da Petrobras (SA:PETR4) iniciou negociações exclusivas com a mexicana Alpek para a venda de sua participação na Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) e na Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe).
Troca de tripulação – A Gol trouxe de volta Richard Lark para a vice-presidência financeira e a diretoria de relações com investidores. O executivo já ocupara essas funções entre 2003 e 2008, quando a empresa expandiu suas operações e abriu capital. Para voltar à diretoria, Lark deixou o assento no conselho de administração da companhia. Seu substituto será André Jánszky.
Decidam - A Justiça pode forçar a Oi (SA:OIBR4) a pedir uma votação de acionistas sobre as alterações propostas para o conselho de administração já na próxima semana, segundo a Reuters.
Sem problemas - A Engie Brasil Energia, ex-Tractebel, reportou lucro líquido de R$ 328,8 milhões no segundo trimestre, com alta de 57,1% ante mesmo período do ano passado.
Para comentar mais tarde
Pão de Açúcar: esqueça o prejuízo; o incêndio no caixa foi o pior. Empresas podem viver muito tempo com prejuízos contábeis, mas nenhuma sobrevive um dia, sequer, sem caixa. Ou, em bom português, dinheiro na conta corrente para pagar compromissos, como fornecedores e funcionários. O prejuízo de R$ 583 milhões do Grupo Pão de Açúcar no segundo trimestre é ruim. Mas preocupante, mesmo, é a queima de R$ 7,3 bilhões do caixa no primeiro semestre. Leia mais.
(Com Reuters)