WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos está considerando a possibilidade de deslistar empresas chinesas das bolsas de valores dos EUA, disse uma fonte informada sobre o assunto nesta sexta-feira, no que seria uma escalada das tensões comerciais entre Washington e Pequim.
A medida seria parte de um esforço mais amplo para limitar os investimentos dos EUA na China, disse a fonte, confirmando um relatório anterior da Bloomberg que enviou ondas de choque pelos mercados financeiros.
As ações do Alibaba Group Holding, JD.com, Pinduoduo, Baidu (NASDAQ:BIDU), Vipshop Holdings, Baozun BZUN.O e IQIYI recuavam entre 2% e 4% no pregão da tarde.
O iuan chinês recuou 0,4% contra o dólar no mercado 'offshore' após as notícias, para ser negociado perto de seu nível mais fraco contra a moeda norte-americana em cerca de três semanas.
Os mecanismos exatos de como excluir as empresas ainda estavam para ser elaborados e qualquer plano está sujeito à aprovação do presidente Donald Trump, que deu sinal verde à discussão, afirmou a Bloomberg, citando uma pessoa próxima das deliberações.
As autoridades também estão examinando como os EUA podem colocar limites às empresas chinesas incluídas nos índices de ações gerenciadas por empresas americanas, embora não esteja claro como isso seria feito, disse a agência, citando três fontes.
Um grupo bipartidário de legisladores dos EUA apresentou em junho um projeto de lei para forçar as empresas chinesas listadas nas bolsas de valores norte-americanas a se submeterem a uma supervisão regulatória, incluindo o fornecimento de acesso a auditorias, sob risco de expulsão das listas.
As autoridades chinesas relutam há muito tempo em permitir que reguladores estrangeiros inspecionem empresas de contabilidade locais -incluindo empresas membros das 'Big Four' consultorias internacionais de contabilidade- citando preocupações de segurança nacional.
Em fevereiro, havia 156 empresas chinesas listadas no Nasdaq e na Bolsa de Valores de Nova York, de acordo com dados do governo, incluindo pelo menos 11 empresas estatais.
(Por Alexandra Alper)