(Reuters) - A fabricante de aeronaves elétricas Eve, controlada pela Embraer (BVMF:EMBR3), concluiu os testes em túnel de vento para seu veículo elétrico, informou a empresa nesta segunda-feira.
A Eve planeja iniciar as operações comerciais com aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOLs) em 2026, e os testes em túnel de vento foram considerados essenciais para a futura produção e certificação.
Luiz Valentini, vice-presidente de tecnologia da Eve, disse que as informações colhidas durante essa fase ajudam a aperfeiçoar a eVTOL antes da construção de protótipos.
A empresa espera concluir a seleção dos principais fornecedores de equipamentos no primeiro semestre de 2023 e planeja o início da construção do primeiro protótipo em larga escala no segundo semestre, seguido por uma campanha de testes em 2024.
A Eve tem uma carteira de pedidos de cerca de 2.800 encomendas, com desenvolvimento apoiado por investidores como United Airlines (NASDAQ:UAL), Acciona, SkyWest (NASDAQ:SKYW), Rolls-Royce (LON:RR), Thales e BAE Systems (LON:BAES).
Os testes em túnel de vento, segundo a empresa, foram realizados na Suíça, utilizando um modelo em escala da eVTOL, e ajudaram a investigar como os componentes, à exemplo da fuselagem, asas e cauda, se comportariam durante o voo.
A Eve estreou na Bolsa de Valores de Nova York em maio de 2022, dizendo que adotaria uma estratégia de "blocos de construção" até o lançamento do produto. A empresa tem a certificação como um de seus objetivos mais urgentes, noticiou a Reuters mais cedo neste ano.
Analistas veem a empresa no caminho certo para alcançar os objetivos, embora o processo de certificação permaneça sendo uma incógnita.
"É improvável que a eVTOL da Eve seja a primeira no mercado, embora a carteira de pedidos forneça uma oportunidade para capturar participação no mercado emergente de eVTOL", disseram analistas da Jefferies.
Tanto Jefferies quanto JPMorgan (NYSE:JPM) elevaram os preços-alvo para a Eve na semana passada, citando uma carteira de pedidos líder no setor e o apoio essencial da Embraer. As ações da empresa subiram cerca de 10% até agora em 2023.
(Reportagem de Gabriel Araujo)