Por Ron Bousso
LONDRES (Reuters) - A Exxon Mobil (NYSE:XOM) está considerando sair do Mar do Norte britânico após mais de 50 anos de presença na bacia de óleo e gás, à medida que foca na produção de "shale" nos Estados Unidos e em novos projetos.
A maior petroleira com ações listadas em bolsa do mundo tem mantido conversas com alguns operadores no Mar do Norte nas última semanas para avaliar o interesse por alguns ou todos seus ativos, o que poderia levantar até 2 bilhões de dólares, segundo três fontes da indústria com conhecimento do assunto.
A Exxon recusou-se a comentar.
Deixar o Mar do Norte marcaria um importante recuo da Exxon na Europa, uma vez que a empresa com sede em Irving, no Texas, já colocou à venda ativos offshore na Noruega.
O movimento seguiria-se a iniciativas similares de rivais nos EUA, como Chevron (NYSE:CVX) e ConocoPhillips (NYSE:COP), que mais cedo neste ano venderam o grosso de suas operações no Mar do Norte.
As operações da Exxon são administradas por meio de uma joint venture 50/50 com a Royal Dutch Shell (LON:RDSa), conhecida como Esso Exploração e Produção UK, e inclui participações em quase 40 campos de petróleo e gás.
A Shell recusou-se a comentar.
A Exxon produz cerca de 80 mil barris de petróleo e 441 milhões de pés cúbicos de gás por dia no Mar do Norte britânico, segundo informações de seu site.
A empresa tem produzido gás desde 1968 e petróleo desde 1976 no campo de Brent, que deu nome para o contrato de referência global do petróleo.
Se as discussões diretas com potenciais compradores não tiverem resultados, a Exxon irá considerar a contratação de um banco externo para realizar um processo formal de venda, disseram duas das fontes.