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FECHAMENTO: Fed dovish eleva apetite ao risco no exterior; Braskem limita ganhos do Ibovespa

Publicado 04.06.2019, 18:06
Atualizado 04.06.2019, 18:06
© Reuters.

Investing.com - O aumento das apostas de afrouxamento monetário do Fed pelos investidores após declarações de diretores do Fed contribuiu para uma sessão positiva nas principais bolsas mundiais nesta terça-feira. O dia foi marcado por poucas notícias sobre as disputas comerciais dos EUA que provocasse uma avaliação do prêmio de risco dos investidores.

No Brasil, o otimismo em relação à tramitação da reforma da Previdência cresce com melhora, aos trancos e barrancos, da relação entre Congresso e Palácio do Planalto. O bom humor foi renovado após aprovação de Medidas Provisórias que estavam prestes a vencer e o avanço de outras pautas de interesse do governo, como o projeto de lei do Saneamento Básico e o crédito suplementar fora da regra do ouro.

O Ibovespa subiu 0,37% a 97.380,28 pontos, com volume financeiro de R$ 14,5 bilhões. A maior parte dos papéis encerraram a sessão no positivo. A alta do índice foi limitada pela perda de dois dígitos da Braskem, após fracasso da Odebrecht em vender sua participação na petroquímica para holandesa LyondellBasell.

O dólar continuou sua trajetória de queda e se distanciou dos R$ 3,90. A moeda americana ficou em baixa de 0,83% a R$ 3,8567 com ventos favoráveis de Brasília. Segundo Sidnei Nehme, analista da NGO Associados e do Investing.com, a cotação do dólar caminha para um patamar compatível com seus fundamentos após sofrer com a especulação binária dos investidores que se apressavam em desfazer posições com qualquer ruído político de Brasília.

Controle da Braskem continua com endividada Odebrecht

As ações da Braskem chegaram a despencar quase 20% e limitaram uma maior alta do Ibovespa. A petroquímica caiu após o encerramento das negociações para a venda da participação da Odebrecht na petroquímica à empresa holandesa LyondellBasell.

As duas empresas negociaram por anos um acordo que poderia chegar a US$ 11 bilhões. As conversas já haviam esfriados no começo do ano devido ao atraso no envio de documento da Braskem ao órgão regulador norte-americano. A Odebrecht poderia ter utilizado os recursos da venda para abater parcela da dívida de cerca de R$ 70 bilhões. O mercado especula que a empreiteira baiana pode entrar com pedido de recuperação judicial em breve, especialmente o braço sucroalcooleiro ter entrado com pedido na semana passada.

Bons ventos de Brasília aos trancos e barrancos

Considerada uma preliminar para a votação da reforma da Previdência, o Senado aprovou nesta segunda-feira a Medida Provisória 871, que trata do combate a fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), considerada peça importante para a implantação da reforma da Previdência. Segundo cálculos do governo, a MP trará uma economia anual de R$ 10 bilhões à Previdência. A medida cria um programa de revisão de benefícios do INSS e exige um cadastro do trabalhador rural, entre outras medidas.

A MP foi aprovada depois do acordo entre o governo e o bloco Senado Independente, formado pela Rede, PSB, Cidadania e PDT, o que reforçou a pouca provável aprovação da reforma da Previdência com economia em 10 anos de R$ 1,2 trilhão, conforme proposta do governo. O bloco se comprometeu a facilitar a votação da medida, diante da garantia do governo de incorporar, no texto da reforma da Previdência que tramita na Câmara, mudanças nas regras de transição para trabalhadores rurais e pescadores.

Em relação ao Projeto de Lei que altera o Marco Regulatório do Saneamento Básico, havia expectativa de uma votação na noite desta terça-feira no Senado durante a escrita desta matéria. O projeto, que substitui uma MP que venceu na semana passada, foi aprovado pela Comissão de Infraestrutura da Casa hoje.

O principal empecilho para a votação é o dispositivo que acaba com os contratos firmados entre Estados e municípios para a operação do serviço de saneamento, que passariam a ser prestado por meio de contratos de concessão com participação da iniciativa privada. A aprovação do projeto de lei com esse dispositivo vai determinar se a Sabesp (SA:SBSP3) será privatizada ou capitalizada. As empresas de saneamento operaram em alta com a notícia.

Em relação à questão da regra de ouro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que está "praticamente acertada" a aprovação do projeto que autoriza operações de crédito de 248,9 bilhões de reais em créditos orçamentários fora desta regra. Segundo Alcolumbre, a matéria é prioritária para garantir celeridade e tranquilidade ao governo. A regra de ouro impede o governo financiar gastos correntes por meio de operações de crédito.

Porém, essa regra, no entanto, pode ser contornada com autorização expressa do Congresso. Desta forma, diminuem as chances de o governo se financiar para cumprir gastos públicos fora da regra de ouro e violar a Lei de Responsabilidade Fiscal, ou deixar de honrar seus compromissos de gastos obrigatórios constitucionalmente.

Apesar de notícias positivas no dia em Brasília, houve uma declaração do presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência contra Jair Bolsonaro. O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) disse que Bolsonaro “não tem prioridades”. A crítica aconteceu após Bolsonaro entregar pessoalmente no Congresso texto que aumenta os pontos para suspensão da carteira de motorista, mas nada que prejudique a agenda da Previdência.

Diretores do Fed mais “dovish” indicando queda dos juros

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que o banco central agirá “conforme for apropriado” em vista do lento crescimento econômico e das tensões comerciais. disse que o Fed está acompanhando de perto a disputa comercial entre os EUA. e a China, que atrapalharam os mercados globais.

"Não sabemos como ou quando esses problemas serão resolvidos", disse Powell. "Como sempre, agiremos de forma apropriada para sustentar a expansão, com um mercado de trabalho forte e inflação próxima ao nosso objetivo simétrico de 2%."

Os investidores vêm observando de perto os sinais de que o Fed poderia aliviar sua política monetária à luz da inflação. O presidente da Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, disse na segunda-feira que um corte na taxa de juros poderia ser garantido à luz das recentes circunstâncias. Enquanto a Bullard é um membro do Fed mais dovish, seus comentários ajudaram a diminuir a preocupação dos investidores com a disputa comercial EUA-China.

A fala de Bullard contribuiu para que os rendimentos do título de 10 anos do Tesouro americano desabassem, mas a declaração menos “dovish” de Powell contribuiu para uma retomada do yield, embora mantendo a inversão da curva de ganhos dos títulos prazos menores – um sinal de recessão no horizonte da economia americana. Os ganhos do título de 10 anos foram a 2,126%, abaixo dos 2,357% dos títulos de 3 meses.

A queda dos yields de 10 anos, que estão nos menores níveis desde 2017, aumenta a possibilidade de cortes da taxa de juros pelo Fed. De acordo com Monitor da Taxa de Juros do Federal Reserve do Investing.com, há possibilidade de 65,3% de ao menos um corte na reunião de julho, enquanto no encontro de setembro a aposta aumenta para 90,9%.

Atualmente, a taxa de juros está no intervalo entre 2,25-2,5%. A próxima reunião de política monetária do Fed ocorre em 19 de junho, com aposta de 25% de um corte na taxa de juros.

O clima “dovish” dos diretores do Fed contribuíram para a forte alta dos índices de Wall Street no pregão de hoje. Dow Jones subiu 2,06%, S&P 500 teve ganhos de 2,15%, enquanto Nasdaq saltou 2,65%.

Ações

- SABESP saltou 10,96%, após o Senado aprovar na véspera regime de urgência para o projeto de lei que cria um novo marco regulatório para o setor de saneamento básico, considerado essencial para eventual privatização da empresa paulista de água e esgoto. À tarde, a ação renovou cotação recorde intradia a 48,87 reais após a Comissão de Infraestrutura do Senado aprovar relatório sobre o projeto. Fora do Ibovespa, a estatal mineira Copasa (SA:CSMG3) subiu 7,1% e a paranaense Sanepar (SA:SAPR11) avançou 4%.

- BRASKEM PNA (SA:BRKM5) despencou 17,1%, tocando mínimas desde meados de 2017 no pior momento da sessão, quando chegou a cair 20%. O tombo ocorreu depois que a LyondellBasell desistiu de comprar a participação controladora na petroquímica brasileira detida pela Odebrecht. A LyondellBasell disse que encerrou as negociações com a Odebrecht "após cuidadosa consideração", mas não deu mais detalhes.

- JBS (SA:JBSS3) e MARFRIG (SA:MRFG3) avançaram 5,4% e 3,5%, respectivamente, recuperando-se de perdas na véspera, quando foram pressionadas pela decisão do Ministério da Agricultura de suspender exportações de carne bovina à China após a confirmação de caso atípico da doença da vaca louca no Mato Grosso. A Organização Mundial de Saúde Animal, contudo, manteve o status do Brasil de risco insignificante para a doença.

- EDP (SA:ENBR3) BRASIL fechou em alta de 4,8%, tendo de pano de fundo que a China Three Gorges avalia um acordo para obter o controle no Brasil da EDP-Energias de Portugal, conforme reportagem da agência Bloomberg, citando fontes a par do assunto. Na máxima da sessão, os papéis subiram 7,5%.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) subiu 0,8% e PETROBRAS ON (SA:PETR3) avançava 0,6%, em sessão de recuperação dos preços do petróleo no exterior, com o mercado na expectativa de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) prevista para esta semana sobre vendas de ativos da petrolífera de controle estatal.

- VALE (SA:VALE3) subiu 0,6%, alinhando-se a seus pares no exterior e à alta dos preços do minério de ferro na China.

- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) recuou 0,2%, enquanto BRADESCO PN (SA:BBDC4) subiu 0,5%. BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) valorizou-se 1,6%.

*Reuters contribuiu com essa matéria

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Hoje não houve praticamente reflexos na B3. Espero que amanhã reflita.
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