Arena do Pavini - Fique de Olho: briga na Oi (SA:OIBR4), Faculdades serão fiadoras do Fies, Boeing de olho na área militar da Embraer (SA:EMBR3)
Sócios portugueses contestam acordo da Oi e querem processar presidente e vice da empresa
A Bratel, empresa que representa os interesses dos portugueses da Pharol, antiga Portugal Telecom e maior acionista da Oi, com 22,24% do capital, enviou à companhia no dia 28 de dezembro um pedido de convocação de assembleia geral extraordinária no prazo de até oito dias. A Oi está em recuperação judicial com uma dívida de R$ 64,5 bilhões e fechou um acordo com os credores no mês passado. A Bratel quer rever vários pontos do acordo fechado com credores pelo atual presidente da empresa, como aumento de capital e nova estrutura de governança da companhia e quer que seja aberta uma ação de responsabilidade civil contra o presidente e o vice da companhia por terem fechado o acordo sem a aprovação do conselho de administração. Em fato relevante divulgado na noite da sexta-feira, a Oi informou que submeterá o requerimento ao juízo, que decidirá legalidade e conveniência de convocação e realização de assembleia.
Universidades serão fiadoras de novos contratos do Fies e reforçar fundo garantidor
O governo federal estabeleceu as normas para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies) referente ao primeiro semestre de 2018, em portaria publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União. O texto estabelece que as instituições de ensino que aderirem ao Fies terão que participar do risco do financiamento, como devedoras solidárias. Para isso, as instituições deverão realizar aporte ao fundo garantidor do Fies equivalentes a 13% dos encargos educacionais no primeiro ano; entre 10 e 25% do segundo ao quinto ano, variando em função da evasão e do não pagamento da coparticipação dos estudantes, entre outros critérios; e não menos de 10% no sexto e no sétimo anos.
Embraer: Boeing está de olho também na área militar, diz jornal
Segundo o jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira, a proposta da Boeing de parceria com a Embraer envolveria também a área de Defesa companhia brasileira, um assunto delicado para as autoridades brasileiras por envolver questões relacionadas à segurança nacional e à parceria da empresa com a Força Aérea Brasileira (FAB). Como reforçou no final da semana passada o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o governo é favorável à parceria entre as fabricantes de aviões, desde que não envolva transferência do controle acionário. “Damos bênçãos ao projeto, mas há limites que não devem ser ultrapassados”, disse o ministro. De acordo com ele, qualquer tema relacionado à golden share detida pelo governo deve ser submetida à avaliação prévia à pasta. As duas companhias anunciaram dia 21 que estudam uma “potencial combinação”, mas não deixaram claro que tipo de negócio seria. De acordo com a nota conjunta divulgada pelas empresas, as bases de um potencial acordo ainda estão em discussão, e “qualquer transação estaria sujeita à aprovação do governo brasileiro”.
Aneel define bandeira verde para energia em janeiro e reduz IPCA
A bandeira tarifária para o mês de janeiro de 2018 será verde, ou seja, sem custo para os consumidores. O acionamento dessa cor indica condições favoráveis de geração hidrelétrica no Sistema Interligado Nacional. Mesmo com a bandeira verde é importante manter as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício de energia elétrica. Como em dezembro, vigorou a bandeira vermelha patamar 1, o impacto no IPCA será de 0,23 pontos percentuais, com maior impacto em janeiro, estima a LCA Consultores.
Cemig (SA:CMIG4) renegocia dívidas de subsidiárias
A Cemig, estatal de energia de Minas Gerais, concluiu a reestruturação de cerca de R$ 3,4 bilhões em dívidas, por meio da emissão de debêntures e aditivos de operação de crédito. Com isso, e com a captação de R$ 3,2 bilhões no mercado internacional, via emissão de eurobonds, a companhia alongou o prazo médio de suas dívidas, concentrando boa parte das amortizações em 2024. A novidade deve ajudar as ações da Cemig no curto prazo, ainda que o custo financeiro da operação não tenha sido divulgado, avalia a Coinvalores.
Eletrobrás adia prazo para vender distribuidoras até 31 de julho; opção é liquidação
Em assembleia realizada no último dia 28, os acionistas da Eletrobrás aprovaram o adiamento do prazo para transferência do controle das distribuidoras para até 31 de julho de 2018. Caso o processo não ocorra no prazo determinado, as distribuidoras podem ser liquidadas. As estimativas são de que, no caso da liquidação, a companhia pode ter que arcar com prejuízo de R$ 23,7 bilhões referentes a dívidas das empresas. Se ocorrer a privatização, a holding federal assumirá R$ 11,2 bilhões em dívidas. Além disso, a Medida Provisória que destrava a privatização da própria Eletrobras (SA:ELET3) foi assinada por Temer na última sexta-feira, dia 29, porém, sem uma resolução sobre o risco hídrico, o que cria novas incertezas com relação ao sucesso da operação. “De toda forma, suas ações devem responder de forma positiva às novidades”, diz a Coinvalores.
Com informações das agências Reuters, Agência Estado, corretoras e consultorias.