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Fusão com Nordex fortalece Acciona no mercado eólico brasileiro, diz diretor

Publicado 07.10.2015, 14:25
Atualizado 07.10.2015, 14:29
© Reuters.  Fusão com Nordex fortalece Acciona no mercado eólico brasileiro, diz diretor
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Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante espanhola de turbinas eólicas Acciona Windpower acredita que a fusão com a alemã Nordex, anunciada nesta semana, fortalecerá sua posição no mercado brasileiro, onde a competição deve ser acirrada nos próximos anos, afirmou à Reuters o diretor Christiano Forman.

O executivo lembrou que as empresas terão pela frente um grande rival, formado pela aquisição da unidade de energia da francesa Alstom (PARIS:ALSO) pela norte-americana GE, aprovada recentemente pelas autoridades dos EUA e da Europa.

"Com a fusão entre GE e Alstom criando um líder de mercado, o fato de a Acciona fazer parte de uma organização maior, com mais recursos para investir e com mais presença global, com certeza melhora o posicionamento da empresa para continuar crescendo no mercado brasileiro", afirmou Forman.

Com cerca de 1,2 gigawatt em contratos de fornecimento de turbinas eólicas fechados no Brasil, a Acciona aparece atrás de GE, Alstom e da alemã Wobben Enercon em participação de mercado no país, segundo dados compilados pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Segundo Forman, essa forte atuação da empresa no Brasil foi um dos fatores que pesaram na operação com a Nordex, que abrirá novos mercados para a companhia resultante da união entre os grupos.

"Quando você olha as duas empresas, a Nordex tem bastante sucesso em vendas na Europa, enquanto a Acciona tem a maior parte das vendas nas Américas -- Brasil, Estados Unidos e México. Essa complementaridade foi fundamental para a lógica da transação", explicou Forman.

A Acciona possui no Brasil capacidade anual para produção de equipamentos para geração de 300 megawatts, mas já trabalha em uma expansão para 450 megawatts, que deverá estar concluída até o final desde ano.

Forman adiantou que a empresa está preparada para uma expansão adicional, para 600 megawatts, mas disse que o movimento dependeria da capacidade dos fornecedores de outros equipamentos que fazem parte da cadeia produtiva da energia eólica.

"O que limita nossa capacidade é a cadeia de produção... estamos trabalhando com os parceiros, vendo o próximo passo que pode ser dado... depende também das oportunidades comerciais", explicou.

O Brasil possui atualmente 6,6 gigawatts em usinas eólicas em operação, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Abeeólica estima que o país pode chegar a 20 gigawatts instalados em 2020.

LICITAÇÕES FUTURAS

O diretor da Acciona no Brasil disse que a companhia tem conversado com clientes e potenciais investidores interessados no próximo leilão de energia que contratará parques eólicos, agendado para novembro, mas as negociações aguardam a divulgação dos preços-teto da licitação.

"Está todo mundo em compasso de espera para ver se (o preço) vai refletir a realidade do mercado hoje", afirmou Forman.

O executivo disse que as empresas têm enfrentado maiores custos devido à desvalorização do real frente o dólar, uma vez que as turbinas eólicas ainda têm muitos componentes importados.

"Tem uma variação muito grande do dólar recentemente... e a nova realidade de juros também causa uma nova realidade de preços no mercado. Mas como esses fatores afetam todas as fontes, a energia eólica vai continuar competitiva no Brasil", disse Forman.

Para o diretor, o país deverá enfrentar um ciclo de menor crescimento da demanda por energia, como resultado da retração da economia, o que deve afetar o ritmo de expansão da energia eólica. Ele acredita, no entanto, que uma vez que a economia melhore, a fonte seguirá entre as mais contratadas, devido aos preços baixos.

"Estamos tendo agora esse ajuste da economia brasileira, que causa uma retração para todo mundo. Mas no longo prazo vemos a fonte eólica crescendo, porque é muito competitiva", afirmou.

A carga de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional caiu 3 por cento em setembro na comparação com o mesmo mês de 2014, segundo boletim do Operador Nacional do Sistema (ONS).

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