Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A petroleira portuguesa Galp terá como nova presidente de sua unidade no Brasil a também portuguesa Paula Pereira da Silva, informou a companhia em comunicado à imprensa nesta segunda-feira.
A chegada de Silva ocorre em um momento em que a empresa se prepara para um novo ciclo de crescimento, com a entrada em operação do importante projeto Bacalhau, no pré-sal da Bacia de Santos, prevista para 2025, destacou a companhia, que tem uma fatia no ativo.
Mestre em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e em Engenharia de Petróleo pela Universidade de Heriot-Watt, Silva chegou à Galp em 2012 e desde 2022 liderava a gestão da carteira de participações da Galp, incluindo upstream, que atualmente abrange 18 projetos em três geografias, sendo que os principais estão no Brasil.
Antes disso, Silva foi diretora comercial do Brasil por três anos a partir de 2019.
Em nota, a executiva afirmou que o projeto de Bacalhau, um dos maiores em desenvolvimento no país, "terá um impacto muito relevante no crescimento da empresa". A conclusão de Bacalhau, com produção média estimada em 220 mil barris/dia, é um dos principais focos da empresa.
A Petrogal Brasil, uma joint venture da Galp com a Sinopec, tem participação de 20% no campo de Bacalhau, que é operado pela a norueguesa Equinor, com 40% de participação. A ExxonMobil (NYSE:XOM) também integra o campo, com fatia de 40%.
A Galp está presente em outros importantes campos do pré-sal no Brasil.
Segundo a Galp, em 2023, a Petrogal Brasil contribuiu com 65% do Ebitda do grupo. "Representatividade que irá aumentar com a conclusão do projeto Bacalhau, com previsão do primeiro óleo para 2025 e que, em níveis estáveis de produtividade, contribuirá para um crescimento de 30% da produção da Galp", ressaltou a empresa no comunicado.
A Galp chegou ao Brasil em 2000, onde atualmente é a quarta maior produtora de petróleo considerando volumes como concessionária. Nos últimos anos, a empresa vem diversificando suas atividades para a comercialização de gás natural a distribuidoras regionais e a clientes industriais, destacou a empresa.