Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - A proposta do governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de aumentar os padrões de eficiência de combustível até 2032 custaria à General Motors (NYSE:GM) 6,5 bilhões de dólares em multas e à Stellantis (NYSE:STLA) 3 bilhões de dólares, de acordo com uma carta vista pela Reuters.
O Conselho Americano de Política Automotiva, que representa GM, Stellantis e Ford (NYSE:F) Motor, afirmou em carta ao Departamento de Energia dos EUA na sexta-feira que o tamanho das penalidades previstas por não cumprir os requisitos propostos de Economia Média Corporativa de Combustível (Cafe, na sigla em inglês) é "alarmante".
A Ford enfrenta separadamente cerca de 1 bilhão de dólares em multas, segundo a carta, enquanto a Volkswagen (ETR:VOWG) enfrenta multas superiores a 1 bilhão de dólares, a maior entre as montadoras estrangeiras.
GM e Stellantis não quiseram comentar nada além da carta. Ford e VW não fizeram comentários imediatos.
A carta, não relatada anteriormente, pede ao Departamento de Energia (DOE) que reconsidere seu plano de revisar o "Fator de Equivalência de Petróleo" que resultaria em "custos de conformidade desproporcionalmente mais altos" para as montadoras dos EUA.
As Três Grandes de Detroit enfrentam custos de conformidade de 2.151 dólares por veículo, ante 546 dólares por veículo, em média, por outras montadoras. A política "recompensaria mais as montadoras que resistem à transição para um futuro totalmente elétrico", diz a carta.
Um grupo que representa quase todas as principais montadoras disse semana passada que o setor como um todo pode enfrentar 14 bilhões de dólares em multas por não cumprir exigências do Cafe.
A Administração Nacional de Segurança de Tráfego em Rodovias (NHTSA, na sigla em inglês) não comentou de imediato nesta segunda-feira, mas disse anteriormente que a estimativa citada pelas montadoras é "consistente com nossas obrigações legais" e acrescentou que as montadoras "são livres para usar veículos elétricos para cumprir a lei e evitar penalidades por completo".
(Reportagem de David Shepardson)
((Tradução Redação São Paulo))
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