Gol não espera demissões por conta de recuperação judicial, diz presidente

Publicado 26.01.2024, 11:22
Atualizado 26.01.2024, 11:25
© Reuters. Aviões da Gol no aeroporto de Congonhas, em São Paulo
11/07/2011
REUTERS/Nacho Doce

Por Gabriel Araujo

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente-executivo da companhia aérea Gol (BVMF:GOLL4) não prevê demissões de pessoal relacionadas ao pedido de recuperação judicial feito pela empresa na véspera nos Estados Unidos, afirmou Celso Ferrer, em entrevista à rádio CBN, nesta sexta-feira.

"Não haverá demissões relacionadas a esse processo. Daqui para a frente nós queremos crescer", disse Celso Ferrer em entrevista à rádio. O executivo acrescentou que operacionalmente a Gol tem registrado uma "recuperação significativa" após resultados positivos nos últimos trimestres. "O grande objetivo é a gente reestruturar o balanço para que a companhia volte a crescer", acrescentou o executivo.

O Bradesco BBI reduziu a recomendação sobre a ação da Gol para "underperform" ante "neutro" e cortou o preço-alvo do papel de 10 para 1 real citando "maciça diluição de 99%". Analistas da corretora afirmaram que preferem ações da Azul (BVMF:AZUL4) ou da Latam.

A Gol é a mais recente de uma série de companhias aéreas latino-americanas a buscar proteção da Justiça contra credores após a pandemia, seguindo o caminho da colombiana Avianca, da mexicana Aeromexico e da chilena Latam Airlines.

No entanto, Ferrer espera que o processo da Gol dure “significativamente menos” do que os 20 a 30 meses que outras companhias aéreas levaram para sair do processo de recuperação judicial, já que afirma que tem operações mais simples, incluindo a operação de um único tipo de aeronave.

As ações da Gol despencavam mais de 13% nesta manhã, cotadas a 5,58 reais às 10h37, enquanto o Ibovespa mostrava recuo de 0,22%. A Azul tinha queda de 1,4%.

Analistas do Santander (BVMF:SANB11) colocaram as ações da Gol sob revisão. Já o JPMorgan (NYSE:JPM), que já tinha recomendação de venda para a Gol, afirmou que a recuperação judicial nos EUA não é surpresa diante da fragilidade da situação financeira da empresa.

(Com reportagem adicional de Paula Arend Laier)

((Edição Redação São Paulo, 55 11 56447753))

REUTERS AAJ

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