O presidente do Goldman Sachs (NYSE:GS), David Solomon, afirmou que o ambiente macroeconômico nos Estados Unidos é desafiador e gera ventos contrários "significativos" para o banco e os suas atividades. No segundo trimestre, os resultados do gigante de Wall Street também foram afetados por uma transição no banco, rumo a um modelo de negócios com uso menos intensivo de capital, segundo o banqueiro.
"Este momento do ciclo econômico cria ventos contrários significativos para o Goldman Sachs e nossos negócios. Ao mesmo tempo, estamos tomando decisões difíceis que estão influenciando os negócios, o que não é surpresa que estejamos passando por um período de baixos resultados", disse Solomon, em teleconferência com analistas e investidores, na manhã desta quarta-feira, 19.
O banco fez uma baixa de ativos de quase US$ 1 bilhão no segundo trimestre - o que impactou os números do período. Desse valor, US$ 504 milhões foram vinculados à plataforma de consumo e US$ 485 milhões a investimentos imobiliários.
Solomon disse que o ambiente global ainda pede cautela em relação à inflação, menor crescimento econômico, tensões geopolíticas e a atividade corporativa. Nos EUA, ele mencionou o foco do Federal Reserve (Fed o banco central americano) no combate à inflação. "Não há dúvidas", reforçou, em referência ao compromisso do Fed com a estabilidade de preços.
O Goldman Sachs encerrou nesta quarta-feira a temporada de balanços dos grandes bancos americanos ao anunciar que teve lucro líquido de US$ 1,22 bilhão no segundo trimestre de 2023, um tombo de 58% ante um ano e que foi além das projeções do mercado.
Apesar disso, Solomon afirmou que está satisfeito que o progresso da estratégia de reduzir a intensidade de capital do banco. "Continuo totalmente confiante de que cumpriremos nossas metas e voltaremos a entregar a um retorno significativo para os acionistas", concluiu o banqueiro.