Google espera chegar a acordo com Apple sobre Gemini este ano

Publicado 30.04.2025, 16:40
Atualizado 30.04.2025, 18:21
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Por Jody Godoy

(Reuters) - O Google espera chegar a um acordo com a Apple (NASDAQ:AAPL) até meados deste ano para incluir sua tecnologia de inteligência artificial Gemini em telefones novos, disse o presidente-executivo da empresa, Sundar Pichai, em depoimento durante julgamento antitruste em Washington, nesta quarta-feira.

Pichai testemunhou em defesa da unidade da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) contra as propostas do Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA, que incluem o fim de acordos lucrativos com Apple, Samsung (KS:005930), AT&T (NYSE:T) e Verizon (NYSE:VZ) para ser o mecanismo de busca padrão em novos dispositivos móveis.

Durante o interrogatório da advogada do DoJ Veronica Onyema, Pichai disse que, embora o Google ainda não tenha um acordo com a Apple para incluir o Gemini nos iPhones, ele próprio conversou com o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, sobre a possibilidade no ano passado.

Em um possível acordo este ano, a tecnologia Gemini seria incluída no Apple Intelligence, o conjunto de recursos de IA da própria Apple, disse Pichai.

O Google também planeja experimentar a inclusão de anúncios em seu aplicativo Gemini, disse Pichai.

Promotores procuraram ilustrar como o Google poderia estender seu domínio na pesquisa online para a IA.

O Google manteve seu monopólio, em parte, pagando bilhões de dólares às operadoras sem fio e aos fabricantes de smartphones, de acordo com decisão do juiz distrital Amit Mehta no ano passado.

O juiz agora está avaliando quais ações o Google deve tomar para restaurar a concorrência. O resultado do caso pode remodelar fundamentalmente a internet, potencialmente destituindo o Google como principal portal de informações online.

O DoJ e uma ampla coalizão de procuradores-gerais estaduais estão pressionando por soluções, incluindo a exigência de que o Google venda seu navegador Chrome, proibindo-o de pagar para ser o mecanismo de pesquisa padrão e exigindo que compartilhe dados de pesquisa com os concorrentes.

As cláusulas de compartilhamento de dados desestimulariam o Google a investir em pesquisa e desenvolvimento, afirmou Pichai nesta quarta-feira.

As disposições que exigiriam que a empresa compartilhasse seu índice de pesquisa e dados de consulta de pesquisa são "extraordinárias" e equivalem a uma "alienação de facto de nossa propriedade intelectual relacionada à pesquisa", disse Pichai.

"Seria trivial fazer engenharia reversa e construir efetivamente a pesquisa do Google a partir de fora", disse.

Isso tornaria "inviável investir em P&D como temos feito nas últimas duas décadas", acrescentou.

O Google disse que planeja recorrer assim que o juiz tomar uma decisão final.

(Reportagem de Jody Godoy, em Nova York)

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