MANILA (Reuters) - O Google, da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34), informou nesta quarta-feira que vai proibir a propaganda política em sua plataforma antes das eleições presidenciais nas Filipinas em maio de 2022, quando os filipinos vão escolher o sucessor de Rodrigo Duterte.
A medida foi tomado em meio à pressão sobre as plataformas de mídia social devido ao modo com que lidaram com a publicidade política durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020.
As plataformas se tornaram campos de batalha política no país do sudeste asiático, e estudos mostram os filipinos no topo do ranking global de tempo gasto em mídia social.
Anúncios eleitorais que promovam ou se oponham a qualquer partido político ou candidatura a um cargo público não serão permitidos entre 8 de fevereiro e 9 de maio de 2022, disse o Google em uma atualização de sua política de conteúdo político.
As datas cobrem o período de campanha até o dia das eleições.
O Google informou que notificações serão enviadas aos anunciantes afetados pelas regras.
A empresa já proibiu a publicidade política em sua plataforma anteriormente, incluindo nas eleições federais no Canadá em 2019 e antes do pleito em Cingapura em 2020.
Plataformas de mídia social como o Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34)ajudaram a fortalecer a base de apoio de Duterte e analistas consideram que elas foram fundamentais para sua vitória em 2016.
Os filipinos escolherão o sucessor de Duterte, que, de acordo com a Constituição, não pode concorrer a outro mandato. Ele será candidato a senador.
(Reportagem de Karen Lema, em Manila)