SÃO PAULO (Reuters) -O governo do Estado de São Paulo lançou neste sábado edital do que chama de Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte, um projeto de 13,5 bilhões de reais que pretende ligar a cidade de São Paulo a Campinas e que deve ir a leilão no final de fevereiro do próximo ano.
O governo estadual afirmou que o projeto, lançado anteriormente no governo de João Doria, foi tornado "mais atrativo" por meio de um aporte 42% maior do poder público para o empreendimento, somando 8,5 bilhões de reais.
Segundo a gestão liderada por Tarcísio de Freitas, parte dos recursos serão oriundos de empréstimo de 6,4 bilhões de reais firmado entre o governo de São Paulo e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"Por outro lado, o valor de contraprestação a ser pago pelo governo estadual caiu de 400 milhões para cerca de 250 milhões de reais ao longo dos 30 anos da concessão", afirmou o Estado em comunicado à imprensa.
O vencedor do leilão será o que apresentar a maior redução de pagamento pelo Estado pela prestação dos serviços.
Além disso, o Estado garantirá 90% da receita estimada para o funcionamento do serviço expresso entre São Paulo e Campinas. Caso a arrecadação com as tarifas supere em 10% o total previsto, o lucro será igualmente repartido entre o Estado e o operador privado, afirmou o governo.
"Esses aprimoramentos vão garantir uma receita mínima para a operação do TIC, além de tornarem o modal mais competitivo e com preço justo para o usuário", promete o governo paulista.
O cronograma prevê a entrada em operação do Trem Intermetropolitano (TIM (BVMF:TIMS3)) em 2029 e do Trem Intercidades em 2031.
O projeto prevê a ligação, por linha férrea, entre a capital paulista e Campinas (TIC), uma distância de cerca de 100 quilômetros; a implantação do TIM entre Campinas e a cidade próxima de Jundiaí; e a concessão da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O valor máximo da tarifa estabelecida no edital para o TIC é de 64 reais. A viagem terá duração de 64 minutos, com 15 trens executando a operação, segundo o governo paulista.
(Por Alberto Alerigi Jr.)