Embraer dispara +20% em dois dias; não foi surpresa para esses modelos financeiros
O Gecex-Camex (Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior), colegiado formado por integrantes de 11 ministérios do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizará uma reunião extraordinária na 4ª feira (30.jul.2025) para deliberar sobre medidas que podem beneficiar a indústria chinesa de automóveis no Brasil. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo, no domingo (27.jul).
A reunião se dá 2 dias antes da implantação das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros, anunciadas pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano). Os interlocutores ouvidos pela publicação negam que haja qualquer relação entre a data da reunião e o tarifaço dos EUA.
Os pleitos que serão analisados são da montadora chinesa BYD (SZ:002594). Em fevereiro, a empresa pediu ao governo a redução de imposto de importação de kits SKD (Semi Knocked Down, ou semipronto) e CKD (Completely Knocked Down), de 5% no caso dos carros elétricos e 10% no caso dos híbridos. As taxas atuais são, respectivamente, de 18% e 20%.
Lula já anunciou que pretende visitar a fábrica da BYD, que fica em Camaçari (BA), em agosto, para participar da sua inauguração oficial. Recentemente, o presidente fez elogios à empresa, e disse que a BYD está promovendo “uma revolução na indústria automobilística brasileira”.
As operações da BYD na Bahia começaram em junho. O objetivo é montar os carros que já virão prontos da China –por isso o interesse em baixar os impostos dos kits CKD. Essa estratégia vem sendo criticada pela indústria nacional.
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) enviou cartas a Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e a Rui Costa (PT), ministro-chefe da Casa Civil, posicionando-se contra a redução de impostos para os kits da BYD, por considerarem que isso impactará negativamente a produção nacional.