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Grupo Neoenergia leva distribuidora CEB em privatização de R$2,5 bi

Publicado 04.12.2020, 11:59
Atualizado 04.12.2020, 13:15
© Reuters. Sede da Neonergia no Rio de Janeiro
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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A distribuidora de energia da CEB (SA:CEBR3), que atua no Distrito Federal, foi privatizada nesta sexta-feira com um lance de 2,515 bilhões de reais da Bahia Geração de Energia, uma empresa do grupo Neoenergia (SA:NEOE3), controlada pela espanhola Iberdrola (MC:IBE).

O certame foi marcado por um ágio de 76,63%, de acordo com dados da B3 (SA:B3SA3), que realizou o evento. O preço mínimo por 100% do ativo era de aproximadamente 1,4 bilhão de reais.

O grupo vencedor teve uma disputa acirrada com a CPFL (SA:CPFE3), controlada pela chinesa State Grid, que chegou a fazer uma proposta de 2,508 bilhões de reais.

A CPFL havia mostrado interesse anteriormente na CEB, assim como pela gaúcha CEEE-D, que também está em processo de privatização.

O grupo Equatorial (SA:EQTL3) chegou a fazer uma oferta inicial de 1,485 bilhão de reais, mas não avançou na disputa do leilão viva-voz, que teve mais de dez ofertas de CPFL e Bahia Geração de Energia.

A aprovação da venda da unidade de distribuição pelos acionistas da Companhia Energética de Brasília (CEB) ocorreu em meio a riscos de a empresa perder a concessão para prestação de serviços, uma vez que não tem cumprido metas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para qualidade do atendimento e equilíbrio econômico-financeiro das operações.

Havia risco de a reguladora abrir processo de caducidade da concessão, o que poderia levar o Distrito Federal a desembolsar cerca de 1 bilhão de reais para liquidar a CEB-D, por custos com funcionários e pagamentos de dívidas.

Segundo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o projeto de privatização da CEB "nasceu da impossibilidade de se recuperar a companhia sem investimentos vultosos, e o entendimento de que o Estado não deve participar de certas atividades".

A CEB-D atende cerca de 1 milhão de consumidores no Distrito Federal, com mais de 9,7 mil quilômetros em redes de distribuição.

INVESTIMENTOS

Presente no leilão, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse que a privatização da CEB-D é "um marco histórico", pois vai gerar obras e investimentos no Distrito Federal, além de aliviar o caixa do Estado.

A venda da CEB-D mostra a "magia da desestatização", disse o presidente do banco que assessorou o processo.

Ele ressaltou que a privatização vai trazer 5 bilhões de reais em investimentos para a região.

Disse ainda que a transação é mais uma etapa de privatizações em andamento no Brasil, que envolverão ativos de elétrica no Rio Grande do Sul, além de saneamento e rodovias.

O leilão foi realizado apesar de uma decisão judicial no final da noite de quinta-feira, que suspendeu a deliberação tomada na 103ª Assembleia-Geral Extraordinária da CEB, que autorizou a alienação da CEB-D sem prévia legislação autorizativa, conforme documento visto pela Reuters.

© Reuters. Sala de monitoramento da CEB, em Brasília (DF)

"A CEB esclareceu que não é parte da ação, e não foi notificada sobre nenhuma liminar no momento da realização do leilão", disse a B3, ao ser questionada sobre o assunto.

(Reportagem adicional de Luciano Costa)

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