Grupo que se opôs à reestruturação da OpenAI levanta preocupações sobre novo plano de renovação

Publicado 15.05.2025, 13:45
Atualizado 15.05.2025, 13:51
© Reuters. Logo da OpenAIn21/02/2023nDado Ruvic/Ilustração/Reuters

San Francisco (Reuters) - Um grupo que se opôs à reestruturação da OpenAI escreveu, em uma carta esta semana, que o novo plano organizacional da startup ainda é insuficiente para proteger a criadora do ChatGPT de desenvolver tecnologias de inteligência artificial perigosas.

Na carta com a data de 12 de maio, enviada aos procuradores-gerais da Califórnia e de Delaware, os membros do grupo Not For Private Gain argumentaram que, embora o anúncio feito pela OpenAI no início deste mês de reduzir parte de sua reestruturação "possa ser um passo na direção certa", ele ainda não impede adequadamente que a OpenAI se desvie de sua missão original de garantir que a IA seja desenvolvida para o benefício da humanidade.

O grupo maior, composto por ex-funcionários da OpenAI e especialistas em IA como Geoffrey Hinton, escreveu uma carta inicial em abril se opondo ao plano de reestruturação da OpenAI para retirar o controle de sua entidade controladora sem fins lucrativos.

A carta foi parte de uma série de críticas e desafios legais, incluindo uma ação judicial de grande visibilidade movida pelo rival e cofundador Elon Musk, que levou a OpenAI a reduzir seu plano de reestruturação.

A OpenAI, na qual a Microsoft (NASDAQ:MSFT) investiu mais de US$13 bilhões, agora planeja converter sua divisão com fins lucrativos em uma corporação de benefício público (PBC, na sigla em inglês), com a matriz sem fins lucrativos mantendo o controle da PBC e se tornando uma "grande acionista" -- o que, segundo a startup, permitirá que a OpenAI levante mais capital para manter o ritmo na dispendiosa corrida da IA.

Uma PBC é uma estrutura projetada para equilibrar os retornos dos acionistas com metas sociais, ao contrário das organizações sem fins lucrativos, que se concentram exclusivamente no bem público.

No entanto, a carta de segunda-feira diz que o novo plano da OpenAI diminui significativamente a autoridade existente da organização sem fins lucrativos. Em primeiro lugar, a atual entidade com fins lucrativos da OpenAI deve promover sua missão e seu estatuto acima dos interesses dos investidores, enquanto a PBC proposta não deve fazer isso, segundo o docuemnto.

Em segundo lugar, a organização sem fins lucrativos da OpenAI, como gestora exclusiva, detém hoje 100% do controle sobre sua divisão com fins lucrativos, o que lhe confere poder operacional no dia a dia, como a capacidade de demitir executivos. Na reestruturação proposta, a organização sem fins lucrativos deixaria de ter controle total sobre a PBC -- o que o grupo considerou preocupante, pois os poderes de fiscalização dos procuradores-gerais derivam exclusivamente da autoridade da entidade sem fins lucrativos.

(Reportagem de Anna Tong em San Francisco)

 

(Reportagem de Anna Tong em San Francisco; edição de Muralikumar Anantharaman)

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