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Investing.com – Um relatório recente do Bank of America (NYSE:BAC) mostra que investidores voltaram a direcionar volumes expressivos de capital para aplicações em caixa e renda fixa na semana encerrada em 2 de julho. A movimentação ocorre em meio à escalada dos principais índices acionários dos EUA e ao debate crescente sobre os riscos de formação de uma bolha nos mercados.
A equipe liderada por Michael Hartnett sinalizou que, caso o S&P 500 supere os 6.300 pontos ainda em julho, poderá ser acionado um "sinal de venda", com base em parâmetros técnicos de sobrecompra.
“Mercados em condição de sobrecompra podem permanecer assim por um longo tempo, a ganância é uma força mais difícil de conter do que o medo”, escreveu Hartnett em nota enviada a clientes.
O banco descreve o atual momento como um ponto de inflexão entre formação de bolha e correção abrupta, com os riscos de curto prazo mais inclinados para uma extensão da alta até os 7.000 pontos, em vez de uma reversão para a faixa dos 5.000.
Na composição dos fluxos, os fundos de mercado monetário receberam US$ 56,4 bilhões, enquanto os fundos de renda fixa somaram entradas de US$ 20,5 bilhões no período. O mercado acionário registrou aporte líquido de US$ 2,2 bilhões. Já o ouro atraiu US$ 1,4 bilhão, e os fundos ligados a criptoativos captaram US$ 1 bilhão na mesma semana, segundo dados da EPFR Global.
Entre os destaques setoriais, os títulos do Tesouro americano registraram sua maior saída em nove semanas, totalizando US$ 2,7 bilhões. Por outro lado, os títulos corporativos de grau de investimento receberam US$ 16,7 bilhões, a maior entrada desde junho de 2020.
No segmento de renda variável, as ações de crescimento nos EUA enfrentaram saídas de US$ 5 bilhões, maior volume desde março. Já as ações de médio porte amargaram resgates de US$ 5,7 bilhões, atingindo o maior volume de retiradas desde julho de 2023.
Os fundos do setor financeiro, por sua vez, captaram US$ 1,6 bilhão, maior ingresso desde janeiro deste ano.
Os clientes privados do Bank of America, responsáveis por cerca de US$ 4 trilhões em ativos sob gestão, elevaram a exposição em ações para 63,7%, o patamar mais elevado desde março de 2022. Paralelamente, reduziram a participação em renda fixa para 18,5%, o menor nível desde junho de 2022, mantendo 10,8% dos recursos em posição de liquidez.
Entre os fluxos regionais, os fundos de ações dos EUA registraram saídas pela segunda semana consecutiva, com retirada líquida de US$ 1,9 bilhão. Já os fundos de ações europeias anotaram a terceira semana seguida de captação positiva, com entrada de US$ 600 milhões.
Nas economias emergentes, os fundos voltaram a registrar saídas, desta vez de US$ 500 milhões. As ações japonesas seguiram na mesma direção, com resgates somando US$ 2,8 bilhões em sua quarta semana consecutiva de perdas.