Hartnett do BofA alerta: S&P 500 está “sobrecomprado” e em fase de “bolha”

EdiçãoJulio Alves
Publicado 04.07.2025, 06:23
© Pavlo Gonchar / SOPA Images/Sipa via Reuters Connect

Investing.com – Um relatório recente do Bank of America (NYSE:BAC) mostra que investidores voltaram a direcionar volumes expressivos de capital para aplicações em caixa e renda fixa na semana encerrada em 2 de julho. A movimentação ocorre em meio à escalada dos principais índices acionários dos EUA e ao debate crescente sobre os riscos de formação de uma bolha nos mercados.

A equipe liderada por Michael Hartnett sinalizou que, caso o S&P 500 supere os 6.300 pontos ainda em julho, poderá ser acionado um "sinal de venda", com base em parâmetros técnicos de sobrecompra.

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“Mercados em condição de sobrecompra podem permanecer assim por um longo tempo, a ganância é uma força mais difícil de conter do que o medo”, escreveu Hartnett em nota enviada a clientes.

O banco descreve o atual momento como um ponto de inflexão entre formação de bolha e correção abrupta, com os riscos de curto prazo mais inclinados para uma extensão da alta até os 7.000 pontos, em vez de uma reversão para a faixa dos 5.000.

Na composição dos fluxos, os fundos de mercado monetário receberam US$ 56,4 bilhões, enquanto os fundos de renda fixa somaram entradas de US$ 20,5 bilhões no período. O mercado acionário registrou aporte líquido de US$ 2,2 bilhões. Já o ouro atraiu US$ 1,4 bilhão, e os fundos ligados a criptoativos captaram US$ 1 bilhão na mesma semana, segundo dados da EPFR Global.

Entre os destaques setoriais, os títulos do Tesouro americano registraram sua maior saída em nove semanas, totalizando US$ 2,7 bilhões. Por outro lado, os títulos corporativos de grau de investimento receberam US$ 16,7 bilhões, a maior entrada desde junho de 2020.

No segmento de renda variável, as ações de crescimento nos EUA enfrentaram saídas de US$ 5 bilhões, maior volume desde março. Já as ações de médio porte amargaram resgates de US$ 5,7 bilhões, atingindo o maior volume de retiradas desde julho de 2023.

Os fundos do setor financeiro, por sua vez, captaram US$ 1,6 bilhão, maior ingresso desde janeiro deste ano.

Os clientes privados do Bank of America, responsáveis por cerca de US$ 4 trilhões em ativos sob gestão, elevaram a exposição em ações para 63,7%, o patamar mais elevado desde março de 2022. Paralelamente, reduziram a participação em renda fixa para 18,5%, o menor nível desde junho de 2022, mantendo 10,8% dos recursos em posição de liquidez.

Entre os fluxos regionais, os fundos de ações dos EUA registraram saídas pela segunda semana consecutiva, com retirada líquida de US$ 1,9 bilhão. Já os fundos de ações europeias anotaram a terceira semana seguida de captação positiva, com entrada de US$ 600 milhões.

Nas economias emergentes, os fundos voltaram a registrar saídas, desta vez de US$ 500 milhões. As ações japonesas seguiram na mesma direção, com resgates somando US$ 2,8 bilhões em sua quarta semana consecutiva de perdas.

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