LOS ANGELES (Reuters) - Produtores de talk shows televisivos nos Estados Unidos estão planejando colocar os programas de volta no ar pela primeira vez em cinco meses, depois de os roteiristas de Hollywood terem chegado a um acordo para encerrar uma paralisação que inviabilizou novas produções.
A Associação de Roteiristas da América (WGA), que representa cerca de 11.500 profissionais de cinema e TV, chegou a um acordo preliminar de três anos com os principais estúdios do país no domingo. Os termos ainda precisam ser aprovados por lideranças e membros do sindicato. Embora os atores permaneçam em greve, programas de entrevistas podem voltar a produzir assim que receberem o sinal verde para retornarem ao trabalho, nos próximos dias e semanas.
O "The Drew Barrymore Show", por exemplo, deve voltar ao ar em outubro, informou uma fonte. A atriz e apresentadora foi criticada por ter dito que o programa seria retomado em meados de setembro, uma decisão que depois foi revista.
Já as séries não poderão retomar as filmagens até que o sindicato SAG-AFTRA, que representa os atores, chegue a um acordo com os estúdios. O grupo iniciou a paralisação em julho, pedindo maiores salários e limites ao uso de inteligência artificial em tela.
As ações de empresas de mídia caíram nesta segunda-feira. Os papéis da Warner Bros Discovery (NASDAQ:WBD) perdiam 3,2%, enquanto a Walt Disney (NYSE:DIS) baixava em 0,5% nesta tarde. A Paramount Global era negociada na estabilidade.
A Netflix (NASDAQ:NFLX) subia 1%, mas especialistas disseram que a gigante do streaming estava mais bem posicionada que as rivais, pois possui operações de produção e funcionários fora dos EUA, que não foram impactados pela greve.
(Reportagem de Lisa Richwine e Dawn Chmielewski em Los Angeles; reportagem adicional de Yuvraj Malik e Zaheer Kachwala em Bangalore)