SÃO PAULO (Reuters) -A Hypera (BVMF:HYPE3) calcula que o vencimento de patentes de uma série de medicamentos nos próximos três anos deve gerar um mercado potencial para a empresa de cerca de 10 bilhões de reais, afirmaram executivos da farmacêutica brasileira nesta segunda-feira.
"Só a parte de quebra de patentes temos um mercado endereçável acima de 10 bilhões de reais nos próximos três anos e que estamos com 'pipeline' preparado para sermos os primeiros a entrar ou termos algumas inovações", afirmou o diretor de relações com investidores, Adalmario do Couto, em teleconferência com analistas.
O executivo acrescentou que neste ano a Hypera programa 70 lançamentos de produtos e que a empresa segue focada em ampliar participação de mercado nos segmentos de uso contínuo em mercados de prescrição.
As ações da Hypera exibiam alta de 5,85% às 13h15, enquanto o Ibovespa mostrava oscilação positiva de 0,22%.
A companhia divulgou na noite de sexta-feira que teve alta de 15% no lucro líquido do primeiro trimestre, com o presidente-executivo, Breno de Oliveira, citando geração recorde de caixa operacional e normalização do crescimento do mercado farmacêutico no período após desaceleração nas vendas no final do ano passado.
Para este ano, o executivo afirmou que espera crescimento na geração de caixa operacional, puxada pela redução nos estoques de produtos acabados e insumos, com a empresa mais focada em ganhos de rentabilidade após manter estoques elevados para atender ao mercados nos meses passados.
Couto, no entanto, afirmou que a margem bruta deste ano da Hypera deve ser "levemente inferior a 2023, principalmente pelo mix de produtos e menor ritmo de produção no ano pela estratégia de redução de estoques de produtos acabados".
No segundo trimestre, a margem da empresa deve vir melhor que um ano antes diante do aumento anual de preços autorizado pelo governo em abril, afirmou.
Questionado sobre o desempenho recente do mercado farmacêutico, Oliveira afirmou que abril as vendas "estão crescendo bem", em parte diante de um período maior de comercialização ante o mesmo mês do ano passado.
"Está crescendo dois dígitos médios, em linha com o que imaginávamos", afirmou o presidente da Hypera.
(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Pedro Fonseca)