Por Hyunjoo Jin
SEUL (Reuters) - A Hyundai Motor(KS:005380) informou que os desafios devem persistir no mercado automotivo dos Estados Unidos, onde suas vendas já foram afetadas pela falta de SUVs, após divulgar seu pior balanço anual em sete anos.
A montadora sul-coreana, que não vê alta em seu lucro anual há cinco anos - agora enfrenta uma série de obstáculos, com um ciclo longo de produtos, forte dependência das vendas de sedãs na China e nos Estados Unidos, além de uma moeda local mais firme reduzindo os lucros repatriados.
E qualquer recuperação provavelmente será lenta, indicou o diretor financeiro da Hyundai, Choi Byung-chul. Na avaliação dele, "as condições de vendas nos EUA devem ser desafiadoras, como resultado da persistente fraqueza na demanda e da crescente competição".
Nos Estados Unidos, terceiro maior mercado da montadora depois de China e e Coreia do Sul, o nível dos estoques subiu para quatro meses ao fim do ano passado.
A Hyundai e a subsidiária Kia Motors, que juntas correspondem à quinta maior montadora do mundo, não atingiram as metas globais de vendas pelo terceiro ano em 2017, conforme os negócios na China foram pressionados pela tensão entre Pequim e Seul sobre o sistema anti-mísseis dos EUA.
A Hyundai busca elevar em 15 por cento as vendas na China em 2018, para 900 mil veículos, bem como recuperar o desempenho no mercado norte-americano com o lançamento de modelos adequados ao público local, ressaltou o diretor financeiro da companhia nesta quinta-feira em teleconferência sobre os resultados.
A Hyundai teve lucro líquido de 1,03 trilhão de wons (971,61 milhões de dólares) no quarto trimestre, alta de 3 por cento na comparação anual, mas em linha com o consenso das estimativas em levantamento da Thomson Reuters, de 1,09 trilhão de wons.
Embora tenha sido o primeiro resultado trimestral positivo em quatro anos, analistas já esperavam crescimento devido à base fraca de comparação do mesmo período um ano antes. No ano, o lucro líquido da montadora atingiu 4 trilhões de wons.
As ações da Hyundai chegaram a cair 1,6 por cento após o balanço, mas se recuperaram e terminaram em alta de 1,3 por cento.
(Reportagem adicional de Dahee Kim)