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Ibovespa avança 2,5% com ânimo sobre retomada de economias e forte noticiário corporativo

Publicado 06.07.2020, 12:02
Atualizado 06.07.2020, 12:05
© Reuters. (Blank Headline Received)
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nesta segunda-feira, com o Ibovespa acima dos 99 mil pontos, em meio ao cenário benigno no exterior com perspectivas sobre retomada de economias e intenso noticiário corporativo no país.

Às 11:50, o Ibovespa subia 2,52 %, a 99.198,58 pontos. O volume financeiro no pregão era de 10,38 bilhões de reais.

Notícias otimista sobre o mercado na China puxaram o ânimo nas bolsas globais e dados sobre a atividade manufatureira nos Estados Unidos reforçavam a expectativa de recuperação rápida daquela economia, respaldando uma abertura de semana positiva.

Para a equipe do BTG Pactual (SA:BPAC11), a expectativa de melhora nos dados nas próximas semanas e a possibilidade de estarmos bem próximos do desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19 ajudam nos ganhos.

Em Wall Street, o S&P 500 subia 1,5%.

Da cena doméstica, a equipe da XP Investimentos destacou comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, do domingo de que o governo fará quatro grandes privatizações em até 90 dias e que a Reforma Tributária deverá ser aprovada ainda em 2020.

Também no radar estavam comentários do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de que a prioridade número um do segundo semestre é a reforma tributária, enquanto afirmou que não há chance de uma CPMF passar.

O mercado de capitais brasileiro voltou à atividade com toda força no segundo trimestre do ano e as ofertas de ações de empresas brasileiras já cresceram 10% no primeiro semestre, segundo dados da Refinitiv.

DESTAQUES

- COGNA ON avançava 9,17%, após fazer registro da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações classe A da sua subsidiária Vasta Platform Limited, junto à Securities and Exchange Commission (SEC) nos Estados Unidos. No setor de educação, YDUQS ON (SA:YDUQ3) subia 3,10%.

- BRADESCO PN (SA:BBDC4) e ITAÚ UNIBANCO PN valorizavam-se 5,67% e 4,38%, respectivamente, em meio a sinalizações de que o Congresso não deve passar medida que contemple tributação nos moldes da CPMF, apesar de sinalizações sobre a possibilidade de pagamento de dividendos.

- B2W ON (SA:BTOW3) tinha elevação de 4,45%, após sua controladora LOJAS AMERICANAS anunciar oferta de ações de até 7 bilhões de reais que inclui a varejista online como um dos destinos dos recursos captados na operação. A Lojas Americanas disse que avalia a possibilidade de capitalizar a B2W em 3 bilhões de reais. LOJAS AMERICANAS PN (SA:LAME4) subia 1,77%.

- COSAN ON (SA:CSAN3) mostrava acréscimo de 1,26%, após anunciar na sexta-feira um plano para simplificar sua estrutura societária em uma única holding, e a preparação para possível listagem em bolsa das subsidiárias Moove, Raízen e Compass.

- IRB BRASIL (SA:IRBR3) RE ON perdia 1,24%, conforme o papel segue sendo penalizado pelo anúncio de que fará captação bilionária para repor provisões técnicas regulatórias afetadas por fraude contábil.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) e PETROBRAS ON (SA:PETR3) subiam 3,09% e 3,91%, respectivamente, tendo de pano de fundo a alta do petróleo Brent no exterior, além de avanços em seu plano de desinvestimento. Os ministérios da Economia e de Minas e Energia também defenderam nesta segunda-feira em nota que a decisão da Petrobras de vender parte de seus ativos de refino não vai contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre desestatizações.

© Reuters. (Blank Headline Received)

- MERCADO LIVRE, negociada em Nova York, subia 3,3%, ultrapassando a cotação de 1.000 dólares pela primeira vez, com o setor de comércio eletrônico amplamente ajudado pela pandemia de Covid-19, que fez as entregas online crescerem fortemente. No Brasil, VIA VAREJO ON avançava 2,44% e MAGAZINE LUIZA ON (SA:MGLU3) tinha alta de 0,42%.

- JHSF ON (SA:JHSF3), que não está no Ibovespa, avançava 3,4%, mesmo após anunciar oferta restrita de até 44.427.950 ações ordinárias, com distribuição primária e secundária, que espera precificar em 15 de julho.

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