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Ibovespa avança com exterior e minério de ferro após China cortar taxa de juros

Publicado 20.05.2022, 11:53
© Reuters. Bolsa de valores, em São Paulo
  REUTERS/Paulo Whitaker
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Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa brasileira subia nesta sexta-feira, diante de recuperação dos ativos nos mercados internacionais e desempenho positivo de commodities após a China cortar juros do setor imobiliário.

Vale, Petrobras e Bradesco (SA:BBDC4) eram as principais influências positivas ao índice. Ambev e BTG Pactual (SA:BPAC11) estavam na ponta contrária. O dia é vencimento de opções sobre ações na B3 (SA:B3SA3).

Às 11:40 (de Brasília), o Ibovespa subia 1,43%, a 108.537,86 pontos. O índice caminha para alta de 1,5% na semana, o segundo avanço semanal consecutivo. O volume financeiro era de 7,7 bilhões de reais.

Após dois dias de liquidação, o S&P 500 e o Nasdaq retomavam parcialmente os ganhos nesta sexta-feira em Wall Street, acompanhando alta das bolsas na Europa e na Ásia, embora tenham perdido parte da força da abertura. O movimento é impulsionado pelo anúncio de mais estímulos econômicos na China, que cortou a taxa de referência de cinco anos para financiamentos imobiliários em nível maior do que o esperado com a expectativa de reanimar o setor habitacional.

Além do corte em si, diz Pedro Paulo Silveira, gestor na Nova Futura, a animação do mercado também deve-se à sinalização dada pela China sobre uma "perspectiva de um programa de estímulos". A desaceleração econômica no país asiático, em meio a lockdowns em algumas cidades, é um dos temas que mais preocupa os investidores atualmente.

O otimismo com a China ocorre apesar de Xangai ter registrado novos casos de Covid-19 fora das áreas de quarentena após cinco dias.

No Brasil, o bilionário Elon Musk está em evento para anúncio do governo federal sobre uso de tecnologia para proteção da Floresta Amazônica. Musk é presidente-executivo da fabricante de veículos elétricos Tesla (NASDAQ:TSLA) e da empresa de foguetes espaciais SpaceX.

A Agenda macroeconômica está esvaziada, com divulgação apenas de relatório de avaliação de receitas e despesas do segundo bimestre à tarde.

O presidente Jair Bolsonaro alertou na véspera que o Executivo deve promover cortes no Orçamento de cerca de 17 bilhões de reais para cobrir despesas e para arcar com a proposta de reajuste de 5% para servidores, que está em análise.

DESTAQUES

- VALE ON (SA:VALE3) subia 2,2%, após os contratos futuros do minério de ferro em Dalian e Cingapura avançarem após a China cortar juros do setor imobiliário. CSN ON (SA:CSNA3) tinha valorização de 4,9% e GERDAU PN (SA:GGBR4) exibia alta de 4,5%. Ambas são produtoras de aços longos, muito usados na construção civil e cujos preços são baseados em cotações internacionais.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) crescia 1,6%, enquanto petróleo operava estável, à medida que o planejado banimento do petróleo russo pela União Europeia contrapunha temores com demanda pela commodity diante da desaceleração econômica global. PETRORIO ON elevava-se 2,1% e 3R PETROLEUM ON valorizava-se 2%.

- BANCO DO BRASIL ON (SA:BBAS3) registrava acréscimo de 3,5%, em dia positivo para grandes bancos.

- GETNET UNIT, que não está no Ibovespa, disparava 22,7%, após a controladora PagoNxt Merchant Solutions, subsidiária do espanhol Santander , revelar intenção de fechar o capital da empresa de pagamentos apenas sete meses após sua estreia na bolsa. O prêmio aos acionistas seria de 29,3%. Analistas do Citi destacaram problemas de liquidez e disseram que a listagem falhou em seu objetivo principal, já que dado o patamar de negociação dos papéis atual o negócio não estava destravando valor para o grupo. SANTANDER BRASIL UNIT (SA:SANB11) operava 0,9% no positivo.

© Reuters. Bolsa de valores, em São Paulo
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- AMBEV ON (SA:ABEV3) recuava 0,4%, terceira baixa seguida em meio à queda nas temperaturas no país que atinge o consumo de bebidas.

- PETZ ON caía 1,8%, quarta queda consecutiva, e MAGAZINE LUIZA ON (SA:MGLU3) tinha desvalorização de 1,1%.

- SUZANO (SA:SUZB3) ON subia 2,3%. A empresa de papel e celulose foi citada pelo Valor como uma das interessadas nos ativos que a Kimberly-Clark (NYSE:KMB) planeja vender no Brasil e América Latina.

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