Ibovespa busca se firmar no azul e renova máxima com JBS em destaque

Publicado 19.05.2025, 11:37
Atualizado 19.05.2025, 15:11
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa buscava se firmar no território positivo nesta segunda-feira, após uma abertura mais fraca, com JBS capitaneando as altas, conforme se aproxima assembleia de acionistas para votar a dupla listagem das ações da companhia nos Estados Unidos e no Brasil.

Por volta de 11h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,31%, a 139.625,1 pontos, chegando a 139.753,63 no melhor momento, nova máxima histórica intradia. Mais cedo, recuou a 138.586,77 pontos, na mínima. O volume financeiro somava R$6 bilhões.

De acordo com analistas do BB Investimento, o rompimento de resistências históricas pelo Ibovespa e o comportamento das médias são consistentes com a continuidade da tendência de alta, mas a figura gráfica do último pregão e o IFR em zona de sobrecompra sugerem uma correção técnica.

"Ainda que dentro da tendência principal de alta", afirmaram em relatório de análise técnica semanal do índice, acrescentando que, em alta, o Ibovespa deve perseguir a barreira dos 140 mil pontos. E caso corrija a rota, estimaram, o topo anterior de 137,6 mil operará como primeira linha de suporte.

Em Nova York, o S&P 500 também se afastava das mínimas, após ainda reagir mais cedo à decisão de sexta-feira da Moody’s de cortar a nota de crédito dos EUA de "Aaa" para "Aa1", citando dívida e juros crescentes, "que são significativamente mais altos do que os de soberanos com classificação semelhante".

O noticiário externo também mostrou que a produção industrial na China cresceu 6,1% em abril ante o mesmo período do ano anterior, mostraram dados da agência nacional de estatísticas, desacelerando em relação aos 7,7% de março, embora acima da previsão de aumento de 5,5% em uma pesquisa da Reuters.

As vendas no varejo subiram 5,1% em abril, abaixo da alta de 5,9% em março e da previsão de expansão de 5,5%.

No Brasil, IBC-Br, calculado pelo Banco Central e considerado um sinalizador do PIB, avançou em março 0,8%, em dado dessazonalizado, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,5%, e mostrou aceleração em relação à alta de 0,5% registrada em fevereiro após revisão.

DESTAQUES

- JBS ON (BVMF:JBSS3) subia 3,32%, com investidores na expectativa de assembleia de acionistas no próximo dia 23 para decidir sobre a dupla listagem, que muitos no mercado veem como um evento que deve destravar valor relevante nas ações. Analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) reiteraram "overweight", avaliando que o plano será aprovado.

- MARFRIG ON (BVMF:MRFG3) caía 6,02%, após fechar com um salto de 21,35% no último pregão, em meio ao anúncio de que pretende incorporar a BRF. BRF ON (BVMF:BRFS3) perdia 2,84%, tendo ainda no radar a suspensão de importações de carne de frango do Brasil por vários países após caso de gripe aviária.

- VALE ON (BVMF:VALE3) recuava 0,23%, acompanhando o comportamento dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 0,89%, a 722,5 iuans (US$100,15) a tonelada.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) perdia 0,37%, em meio a variações modestas dos preços do petróleo no exterior. O barril do Brent cedia 0,05%, a US$65,38.

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) caía 1,05%, ainda sob efeito da decepção com os números do primeiro trimestre do banco e descolado do tom mais positivo nos bancos, que forneciam suporte relevante ao Ibovespa, entre eles ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4), que subia 1,35%, e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4), que avançava 1,3%,

- MOTIVA ON ganhava 0,52%. A companhia anunciou a contratação de Lazard e Itaú Unibanco como assessores financeiros para avaliar uma possível transação envolvendo seus ativos aeroportuários. A empresa disse que um processo competitivo está em andamento.

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