Ibovespa cai após ganhos recentes por fiscal, minério e corporativo, apesar de alta em NY

Publicado 16.05.2025, 12:10
© Reuters Ibovespa cai após ganhos recentes por fiscal, minério e corporativo, apesar de alta em NY

O Ibovespa cai desde o início do pregão desta sexta-feira, 16, de vencimento de opções sobre ações em baixa, apesar da alta do petróleo e das bolsas em Nova York e na Europa. O recuo reflete renovadas preocupações fiscal, o noticiário corporativo e a desvalorização de 0,95% do minério de ferro hoje em Dalian.

Sobre o quadro fiscal, há relatos de que o governo estaria avaliando medidas para aumentar a popularidade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com foco na eleição de 2026 - o que foi negado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ainda assim, ontem isso pesou sobre o dólar e os juros futuros.

Apesar de o assunto fiscal ter reacendido, Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, diz que não mudou mas eleva a desconfiança do mercado. "Essas notícias que começaram a surgir e essa pressão em cima da equipe econômica deixam o mercado bem ressabiado. E a Gleisi Hoffmann perto da Presidência da República ministra do Ministério das Relações Institucionais, dá a sensação de que a espera política tem mais peso do que a econômica", avalia.

Além disso, o principal indicador da B3 (BVMF:B3SA3) tem espaço para realizar lucros, segundo analistas, após uma série de ganhos. Ontem, o Índice Bovespa fechou com alta de 0,66%, aos 139.334,38 pontos, superando o recorde de encerramento de terça-feira. Na semana, acumula valorização de 2,07%.

Para Faust, da Manchester, o recuo não gera preocupações, por ora, após recentes recordes do Índice Bovespa. "É natural um ajuste apesar da influência do noticiário corporativo. As ações do BB caem forte e também as da BRF (BVMF:BRFS3). Além disso, tem um pouco de tensão voltada para o quadro fiscal", diz.

Com a agenda de indicadores esvaziada no Brasil, o foco fica nas notícias corporativas e no fiscal, a começar pela safra de balanços que terminou ontem.

Entre as divulgações, o Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 7,374 bilhões, queda de 20,7% ante igual período de 2024 e 19% abaixo do previsto no Prévias Broadcast. As ações cediam quase 12%.

Já a Marfrig (BVMF:MRFG3) informou lucro líquido de R$ 88 milhões, alta anual de 40,3%, enquanto a BRF lucrou R$ 1,19 bilhão, alta de 99,6%, e teve Ebitda ajustado de R$ 2,75 bilhões, aumento de 30%. Enquanto Marfrig subia perto de 21%, BRF cedia 1,36% perto das 11h30.

Além de informar seus resultados, as empresas comunicaram a assinatura de um acordo que prevê a incorporação da totalidade das ações da BRF pela Marfrig. A operação poderá consolidar uma das maiores companhias globais do setor de alimentos, com forte atuação em proteínas.

Quanto ao fiscal, conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o Palácio do Planalto analisa uma série de medidas com o intuito de alavancar a popularidade do presidente Lula nos próximos meses. Estão nesse rol de propostas em estudo no governo o novo Vale Gás, uma linha de crédito para entregadores por aplicativo e um programa no Ministério da Saúde para uso de estrutura de hospitais particulares para cirurgias do SUS.

A notícia divulgada no início da tarde de ontem, contaminou o dólar e os juros futuros. A fala de Haddad na sequência acalmou os mercados, mas não convenceu. "Não foi suficiente para acalmar o dólar, que fechou em uma alta expressiva, e os DIs", pontua Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos.

Às 11h39, o Ibovespa caía 1,00%, ao 137.938,77 pontos, ante recuo de 1,15%, na mínima aos 137.733,08 pontos, depois da máxima de abertura em 139.334,72 pontos, com variação zero. Petrobras (BVMF:PETR4) caía ente 0,53% (PN) e 1,05% (ON)< apesar da alta do petróleo no exterior. Vale (BVMF:VALE3) cedia 0,94%.

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