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Ibovespa cai com peso de commodities, na contramão de Wall Street

Publicado 15.03.2022, 17:09
© Reuters. Homem aponta para quadro de cotações de índices de mercado da B3, em São Paulo
28/10/2021
REUTERS/Amanda Perobelli
IBOV
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Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa brasileira recuou nesta terça-feira, pressionado pela queda das ações de commodities, apesar de alta firme de bolsas norte-americanas diante de algum alívio em relação à inflação e na expectativa por decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Vale, Petrobras e Magazine Luiza, este após divulgar resultados, pressionaram o índice, enquanto empresas ligadas ao consumo interno como Natura e Ambev ficaram na ponta oposta.

O Ibovespa cedeu 0,88%, a 108.959,30 pontos, quarta baixa seguida e o menor fechamento desde 24 de janeiro. O volume financeiro foi de 30,5 bilhões de reais.

A queda no preço do petróleo derrubou Petrobras, mas ao mesmo tempo aliviou alguns temores com inflação e refletiu na queda dos principais contratos de juros futuros. Em consequência, ações ligadas ao consumo doméstico, mais sensíveis aos juros, avançaram.

Em Wall Street, uma leitura semelhante do movimento do petróleo, aliado a um dado mensal de preços ao produtor levemente abaixo das estimativas, desencadeou uma alta firme nos principais índices de ações. O Nasdaq Composite saltou 2,9% e o S&P 500 subiu 2,1%.

Bruno Madruga, diretor de renda variável da Monte Bravo, diz que a "composição do Ibovespa responde o porquê do movimento contrário" do índice ante os pares norte-americanos, apesar das influências serem semelhantes.

Segundo ele, queda nos preços das commodities têm "reflexo no mercado brasileiro, que é extremamente dependente da movimentação de Petrobras, Vale e do próprio setor de siderurgia". Petrobras e Vale representam juntas quase 30% do Ibovespa.

O mercado agora está centrado nas decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central, que iniciaram nesta terça-feira suas respectivas reuniões de dois dias, enquanto investidores seguem atentos à guerra na Ucrânia.

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Destaques

Vale (SA:VALE3) desvalorizou-se 2,9%, terceira queda seguida, após o preço do minério de ferro cair na Ásia com o aumento das infecções por Covid-19 na China. As perdas foram reduzidas depois da divulgação de indicadores econômicos chineses melhores do que o esperado. CSN Mineração SA (SA:CMIN3) caiu 5,3%. Gerdau PN (SA:GGBR4) puxou queda entre as siderúrgicas com perdas de 4,5%.

Petrobras PN (SA:PETR4) cedeu 2,4% e ON recuou 1,9%, sob influência da queda de mais de 6% no preço do petróleo Brent, que atingiu o menor patamar em quase três semanas. A Rússia apoiou a retomada do acordo nuclear de 2015 envolvendo o Irã o mais rápido possível. Um acerto pode permitir ao Irã aumentar a exportação da commodity. O recrudescimento da pandemia na China e guerra na Ucrânia mantiveram-se no radar.

Magazine Luiza ON (SA:MGLU3) afundou 8,6%, após prejuízo ajustado de 79 milhões de reais de outubro a dezembro, com forte desaceleração nas vendas em um cenário macroeconômico mais adverso no país. Analistas viram números mais fracos do que o esperado e não projetam uma recuperação da ação no curto prazo. A empresa espera melhora gradual de margens nos próximos trimestres, disseram executivos em conferência.

Azul PN (SA:AZUL4) subiu 6,9% e Gol (SA:GOLL4) PN ganhou 3,1%, com queda no preço do petróleo aliviando pressão nos custos de combustíveis.

© Reuters. Homem aponta para quadro de cotações de índices de mercado da B3, em São Paulo
28/10/2021
REUTERS/Amanda Perobelli

Cielo (SA:CIEL3) subiu 5,3%, Natura (SA:NTCO3) avançou 5,2%, Cyrela (SA:CYRE3) ganhou 3,4% e Ambev (SA:ABEV3) teve alta de 1,1%. Papéis de setores sensíveis aos juros, de construção a consumo interno, tiveram sessão positiva.

Santander Unit (SA:SANB11) caiu 1,3% e liderou queda entre os grandes bancos de varejo, após o Citi cortar a recomendação para a ação de "compra" a "neutra".

Ecorodovias (SA:ECOR3) avançou 1,6%, depois de divulgar lucro líquido recorrente de 69,3 milhões de reais para o quarto trimestre, crescimento de 25,5% ante o mesmo período do ano anterior, ainda que com redução nas margens.

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