Ibovespa cai em meio à aversão a risco mundial por temor de recessão

Publicado 07.04.2025, 08:59
Atualizado 07.04.2025, 12:10
© B3 Ibovespa cai em meio à aversão a risco mundial por temor de recessão

As preocupações intensificadas de uma recessão mundial devido aos efeitos do tarifaço norte-americano empurram o Ibovespa para baixo nas primeiras horas da sessão desta segunda-feira, 7. Os índices de ações do Ocidente caem quase com força na Europa e nos EUA.

"Risk off. Fortes quedas das bolsas internacionais e aumento das apostas de uma ação mais vigorosa do Fed são os destaques", cita em nota a MCM 4Intelligence.

Nesta segunda, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou pedido para que o "lento Federal Reserve (Fed) corte as taxas de juros". Mais cedo, a Casa Branca afirmou que Trump escutará parceiros comerciais e ver se acordos são realmente bons.

As commodities também pesam no principal indicador da B3 (BVMF:B3SA3). O petróleo cai mais de 1% nesta manhã e o minério de ferro fechou em baixa de 3,29% hoje em Dalian, na China, que promete seguir atuando contra as tarifas de Trump.

"As tarifas dos Estados Unidos entraram em vigor. Muitos estão com medo de uma recessão mundial", diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

O índice de ações chinês Xangai cedeu 7,34%, mas o pior desempenho foi em Tóquio. O Hong Kong sofreu a maior queda em um único pregão desde 1997, em meio a temores de que a guerra comercial deflagrada pelo tarifaço dos EUA.

Na sexta-feira, Pequim anunciou tarifas de 34% a importações dos EUA, em resposta ao total de 54% de tarifas impostas por Trump e o governo chinês prepara "esforços extraordinários" para compensar os efeitos das tarifas.

Mais de 50 países já pediram negociações sobre tarifas. O governo americano, porém, continua subestimando os efeitos das políticas tarifárias nos mercados e os possíveis impactos na economia mundial.

Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 2,96%, aos 127.256 pontos, enquanto as bolsas de Nova York tiveram novo tombo de 5%.

Nos próximos dias no exterior as atenções ficarão nos dados de inflação dos EUA e da China, com o CPI e o PPI de março, além da ata do Fed. No Brasil, o destaque é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês passado, além de dados de atividade relativos a fevereiro.

Nesta manhã, o boletim Focus manteve as projeções das principais variáveis macroeconômicas e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento, reforçou que a instituição tem ampliado a cobertura das estimativas com o Focus e o Firmus.

No final da manhã, o Ibovespa subiu 0,91%, na máxima aos 128.410,57 pontos, em meio a relatos de que os EUA poderiam considerar uma pausa de 90 dias às tarifas impostas aos países, exceto China. Porém, a notícia foi desmentida pela Casa Branca. Assim, continua o quadro geral de incerteza dado o temor de uma recessão global por conta das tarifas. "Muito ruído e sem clareza do direcional", pontua Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital.

Sinais neste sentido tendem a continuar, de forma de gerar volatilidade nos mercados. "Qualquer indício de sossego deve ser visto com desconfiança. O período é de um choque de volatilidade", afirma Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez.

Às 11h50, o Ibovespa caía 0,81%, aos 126.229,18 pontos, depois ter avançado 0,91%, com máxima aos 128.410,57 pontos, ante mínima aos 123.876,24 pontos (-2,66%). Entre as principais ações ligadas a commodities, Vale (BVMF:VALE3) cedia 0,46% e Petrobrás caía entre 2,29% (PN) e 3,50% (ON).

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