🔥Ações selecionadas por IA com InvestingPro Agora com até 50% de descontoGARANTA JÁ SUA OFERTA

Ibovespa cai mais de 2% com política impulsionando vendas após série de altas

Publicado 24.10.2022, 12:24
© Reuters.
XAU/USD
-
US500
-
JPM
-
GC
-
LCO
-
CL
-
BVSP
-
BBAS3
-
BBDC4
-
BRKM5
-
ITUB4
-
PETR4
-
VALE3
-
DCIOU4
-
IRBR3
-
SUZB3
-

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa caía mais de 2% nesta segunda-feira, com Petrobras e Banco do Brasil entre as maiores quedas, após eventos no domingo adicionarem ainda mais tensão à corrida presidencial e endossarem realização de lucros após sequência de altas.

Às 12:15, o Ibovespa caía 2,21%, a 117.282,52 pontos, após subir em todos os pregões da semana passada, acumulando um ganho de 7%. O volume financeiro nesta sessão somava 11,8 bilhões de reais.

A última semana da campanha para o segundo turno começou sob a sombra do ataque com tiros de fuzil e granadas pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra policiais federais que cumpriam mandado de prisão determinado pela Justiça contra ele.

Jefferson é apoiador do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), que procurou, já no domingo, distanciar-se do ex-deputado, chamando-o de "bandido" por ter disparado contra os policiais.

Ainda assim, conforme observou a Levante Corp, o incidente repercutiu negativamente em todo o mundo político e caiu "como uma bomba" no colo da campanha do atual presidente, que teve de pausar outros esforços para contenção de danos.

A equipe da casa de análise ponderou, contudo, que ainda é incerto dizer se haverá, de fato, algum desdobramento nas urnas em função do episódio, mas espera que seja explorado pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Pesquisas eleitorais mostrando um estreitamento na diferença entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro na disputa presidencial vinham adicionado um fôlego extra à bolsa brasileira nos últimos pregões, principalmente via estatais.

Não chega a ser um segredo a predileção no mercado financeiro pelo perfil econômico do governo Bolsonaro, com menor presença do Estado na economia e mais favorável a privatizações.

"As pesquisas estavam mostrando melhora de Bolsonaro e agora não sabemos ao certo qual o impacto", afirmou o analista Bruno Komura, da Ouro Preto Investimentos, destacando que as estatais estavam com queda expressiva por causa desse temor.

Mas ele ressaltou que tudo isso não muda a sua visão de que o segundo turno vai ser muito disputado.

Novas pesquisas, nesse contexto, devem ocupar ainda mais as atenções. Ipec e AtlasIntel divulgarão os resultados de novas sondagens eleitorais sobre o segundo turno nesta segunda-feira.

O presidente do AtlasIntel, Andrei Roman, afirmou em sua conta no Twitter que a pesquisa do instituto incluirá perguntas envolvendo o episódio do ataque a tiros de Jefferson contra agentes da PF no domingo.

Para Komura, os eventos do fim de semana pesaram no mercado, mas uma parte do declínio nesta segunda-feira, mesmo que menor, também está atrelada a movimentos de correção após o vencimento das opções ajudar a impulsionar o mercado na sexta feira.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou o último pregão em alta de 2,35%, a 119.928,79 pontos, avançando 7,01% na semana. Na máxima da sessão, chegou a 120.751,55 pontos.

Além do cenário político, investidores também repercutiam uma bateria de dados da China, incluindo o crescimento do PIB no terceiro trimestre acima do esperado, enquanto, na Europa, números reforçaram as apostas de recessão.

Em Wall Street, o S&P 500 tinha acréscimo de 0,6%.

 

DESTAQUES

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) caía 5,43%, a 35,67 reais, após renovar máximas na semana passada, quando acumulou valorização de quase 13%. Os papéis eram afetados nesta segunda-feira pela turbulência política, enquanto o preço do petróleo Brent tinha decréscimo de 0,3%.

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) recuava 5,17%, a 42,37 reais, também com o noticiário político também abrindo espaço para ajustes após o papel subir 14% na última semana. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) perdia 3,83% e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) caía 3,42%.

- IRB BRASIL ON (BVMF:IRBR3) cedia 4,72%, a 1,01 real, chegando a cair abaixo de 1 real pela primeira vez no pior momento. Novo prejuízo mensal da resseguradora reforçou cenário desafiador para a companhia e trouxe receios sobre o colchão de capital da empresa, mesmo após recente oferta de ações.

© Reuters. Bolsa de Valores B3 do Brasil em São Paulo, Brasil
19/10/2021
REUTERS/Amanda Perobelli

- SUZANO (BVMF:SUZB3) ON valorizava-se 3,14%, a 51,25 reais, apoiada em relatório de analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) elevando a recomendação das ações para "overweight" e estabelecendo preço-alvo de 67 reais para o final de 2023. Os analistas previram que a normalização do preço da celulose será mais lenta do que o esperado.

- VALE ON (BVMF:VALE3) perdia 2,29%, a 72,43 reais, contaminada pelo viés vendedor de forma generalizada, enquanto os preços do minério de ferro na China e em Cingapura tiveram avanços modestos.

- BRASKEM PNA (BVMF:BRKM5) caía 3,42%, a 33,35 reais, revertendo a alta do começo do dia. No radar, dados sobre vendas no terceiro trimestre, assim como notícia de proposta por instalações da petroquímica em São Paulo, que a empresa negou. Analistas do Citi cortaram a recomendação das ações a "neutra/alto risco" e o preço-alvo a 39 reais.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.