O pânico pós-Carnaval nos mercados financeiros levou o Ibovespa (Ibovespa) a um nível próximo ao “sobrevendido” e analistas já veem o índice abaixo dos 100 mil pontos.
Considerando o fechamento de quarta-feira (26), a queda já chega a 9% em 2020, ou quase 20% em dólares. O recuo de 7% ontem foi o maior desde o “Joesley Day” em maio de 2017.
A rápida disseminação do coronavírus em lugares fora da China aprofunda as preocupações sobre o crescimento e os balanços das empresas.
Às 12h38, o Ibovespa recuava 2,02%, a
“O indicador técnico do Ibovespa está se aproximando do território sobrevendido (deveria cair mais 4%, atingindo 101.500 pontos)”, aponta o analista do Santander (SA:SANB11), Daniel Gewehr.
“O índice perdeu suportes e fechou um abaixo da reta suporte do canal de alta de médio prazo e na região de suporte em 105.200 pontos por onde passa a média móvel de 200 períodos. Abaixo deste suporte, o índice poderá continuar o movimento de queda em direção a 103.400 e 99.400 pontos”, avaliam os analistas Fábio Perina e Larissa Nappo do Itaú BBA.
“A intensidade da queda sinaliza que o mar agitado não deve se acalmar por enquanto. Vale a pena ficar atento aos 105 mil pontos, pois um fechamento abaixo, poderá acionar novos stops de posições compradas do mercado pressionando ainda mais para baixo o Ibovespa”, ressalta o Itaú BBA.
Os três principais índices estão agora mais de 10% abaixo de seus recordes intradiários alcançados no início deste mês (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson) Wall Street Os principais índices acionários de Wall Street entraram em território de correção minutos após a abertura desta quinta-feira.
Às 11:47 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 2,9%, enquanto o S&P 500 perdia 2,23%. O índice de tecnologia Nasdaq recuava 3,3%.
Os três índices estão agora mais de 10% abaixo de seus recordes intradiários alcançados no início deste mês.
(Com Reuters)