Ibovespa fecha acima dos 100 mil pontos e volta a patamar pré-pandemia

Publicado 10.07.2020, 17:37
Atualizado 10.07.2020, 17:40
© Reuters. .

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, acima dos 100 mil pontos pela primeira vez desde março, apoiado no viés positivo dos mercados no exterior, com CVC Brasil (SA:CVCB3) e Cogna avançando mais de dois dígitos e liderando os ganhos da sessão.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,88%, a 100.031,83 pontos. O volume financeiro somou 24,1 bilhões de reais.

Na semana, acumulou alta de 3,38%, mantendo em julho o viés positivo dos últimos três meses, apoiado no cenário de juros bastante baixos no país e sinais de que o pior para atividade econômica brasileira pode ter ficado para trás.

Embora continue distante dos quase 120 mil pontos que alcançou no final de janeiro, o Ibovespa já acumula valorização de cerca de 60% desde as mínimas do ano registradas em março.

Para o analista José Falcão, da Easynvest, correções e realização de lucros não estão descartadas, mas o movimento principal da bolsa é de alta e não há sinais de mudança dessa tendência.

"O cenário é positivo, de bolsa em alta, sem sinais de reversão nesse momento", reiterou.

Ele ponderou, contudo, que o mercado precisa de dados e acontecimentos que deem mais força para o Ibovespa se consolidar acima dos 100 mil pontos, bem como a proximidade da temporada de balanços do segundo trimestre pode frear o fôlego. A temporada das empresas do Ibovespa começa dia 22, com a divulgação do balanço de Weg (SA:WEGE3) .

No exterior, o norte-americano S&P 500 subiu 1%, com a notícia de que o medicamento remdesivir da Gilead melhorou significativamente a recuperação clínica e reduziu o risco de morte em pacientes com Covid-19.

A alta de novos casos de coronavírus nos Estados Unidos tem adicionado cautela mais recentemente, principalmente por causa de temores quando a uma volta de medidas de lockdown que afete a retomada da maior economia do mundo.

DESTAQUES

- CVC BRASIL ON saltou 14%, a 22 reais. A operadora de turismo anunciou um aumento de capital que pode chegar a 703 milhões de reais, com subscrição privada a 12,84 reais por ação. O valor representa um desconto de 33,5% em relação à cotação de fechamento do papel da véspera, de 19,30 reais. Analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11) consideraram o anúncio positivo, embora ainda enxerguem um cenário desafiador para o setor nos próximos trimestres. No ano, as ações da CVC acumulam queda de quase 50%.

- COGNA ON (SA:COGN3) disparou 11,05%, em meio a expectativas para o IPO de sua subsidiária de educação básica Vasta nos Estados Unidos, após a companhia pedir no começo da semana registro para a oferta. Em relatório na ocasião, a Guide Investimentos considerou a notícia positiva, acrescentando que, caso operação ocorra, a Cogna conseguirá levantar um montante importante para readequação da sua estrutura de capital. A ação lidera as altas do Ibovespa no mês.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) subiu 1,67% e PETROBRAS ON (SA:PETR3) avançou 1,55%, na esteira da alta dos preços do petróleo no mercado externo.

- VALE ON (SA:VALE3) fechou com elevação de 0,97%, mesmo com declínio dos preços futuros do minério de ferro na China, que, entretanto, tiveram seu maior ganho semanal desde meados de maio, com o otimismo crescendo em relação às perspectivas de demanda do maior produtor e consumidor mundial de produtos siderúrgicos.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 0,93%, mesmo após sua unidade no Chile registrar uma baixa contábil sem efeito caixa referente a perda de 930 milhões de dólares com ativos. No setor, BRADESCO PN (SA:BBDC4) subiu 1,46%.

- QUALICORP ON (SA:QUAL3) fechou em baixa de 2,53%, com outras ações do setor de saúde também entre os destaques negativos. NOTRE DAME INTERMÉDICA ON perdeu 1,79% e FLEURY ON (SA:FLRY3) recuou 1,01%. Na contramão, HAPVIDA ON subiu 0,9%.

- ELETROBRAS ON (SA:ELET3) e ELETROBRAS PNB (SA:ELET6) caíram 1,33% e 2,01%, respectivamente, em sessão de ajustes, após alta expressiva na véspera, em meio a expectativas relacionadas à privatização da elétrica estatal.

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(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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