Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, beneficiado pela visão de clima político mais ameno no país e viés benigno no exterior, mas se afastou das máximas do dia e terminou o volátil março no zero a zero.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,09 por cento, a 95.414,55 pontos. Na máxima, bateu 95.862,75 pontos. O giro financeiro somou 15,25 bilhões de reais.
Na semana, o Ibovespa teve valorização de 1,79 por cento, mas encerrou março com variação negativa de 0,18 por cento. No ano, o Ibovespa ainda contabiliza um ganho de 8,57 por cento.
Na penúltima semana do mês, o Ibovespa chegou a superar os 100 mil pontos pela primeira vez na história, mas ruídos políticos geraram desconfiança sobre o andamento da agenda econômica do país, notadamente a reforma da Previdência.
Agentes financeiros, contudo, viram nas últimas declarações e ações de membros do governo e alguns parlamentares sinais de que Executivo e o Legislativo querem deixar para trás a tensão e começar a avançar na agenda de reformas.
"Os próximos dias dirão se os conflitos entre ambos de fato são página virada", afirmou a equipe da corretora Brasil Plural (SA:BPFF11) em nota a clientes, ressalvando que por enquanto o clima de incerteza permanece.
No exterior, as bolsas encontrar suporte em sinalização positiva da rodada mais recente de negociações comerciais entre Estados Unidos e China, em meio a temores com a desaceleração da economia global.
O norte-americano S&P 500 subiu 0,67 por cento.
DESTAQUES
- VALE (SA:VALE3) avançou 3,31 por cento, tendo de pano de fundo a alta dos preços do minério de ferro na China, além do noticiário mais favorável sobre EUA-China. A alta foi acompanhada pelo setor de mineração e siderurgia, com USIMINAS PNA (SA:USIM5) à frente, subindo 3,72 por cento.
- JBS (SA:JBSS3) fechou com elevação de 2,91 por cento, após balanço trimestral, com lucro abaixo das estimativas, mas redução do endividamento e analistas destacando geração de caixa, enquanto executivos da empresa também esperam resultado melhor em 2019, bem como elevar preços na Seara.
- SABESP (SA:SBSP3) cresceu2,44 por cento, após resultado do quarto trimestre, com lucro de 1,5 bilhão de reais, superando em 146 por cento o resultado de um ano antes.
- KROTON (SA:KROT3) caiu 2,84 por cento, após divulgar queda de 17,4 por cento no lucro ajustado do quarto trimestre, para 403,4 milhões de reais, bem como guidance da empresa de ensino para 2019.
- BR DISTRIBUIDORA perdeu 4,1 por cento, após relatório do UBS cortando recomendação dos papéis da empresa de compra para neutra e reduzindo o preço-alvo de 29 para 25 reais.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) fechou estável apesar da alta dos preços do petróleo no mercado externo. PETROBRAS ON (SA:PETR3) subiu 0,61 por cento.
- BRADESCO PN (SA:BBDC4) subiu 1,71 por cento. BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) avançou 1,46 por cento, e ITAÚ UNIBANCO PN terminou com acéscimo de 0,97 por cento.