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Ibovespa fecha em alta, mas Fed reduz fôlego em sessão com disparada de Arezzo e Grupo Soma

Publicado 31.01.2024, 18:07
© Reuters. Painel com cotações de ações na bolsa paulista
21/03/2019
REUTERS/Nacho Doce
IBOV
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SANB11
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, mas distante das máximas da sessão, em meio a declarações do chair do Federal Reserve reconhecendo melhora no cenário de inflação, mas esfriando apostas de que o banco central norte-americano começará a cortar dos juros ainda no primeiro trimestre.

A cena corporativa brasileira também ocupou os holofotes, com Arezzo (BVMF:ARZZ3) e Grupo Soma (BVMF:SOMA3) disparando em meio a expectativas de fusão das duas companhias, enquanto Santander Brasil encerrou o dia em baixa, após o resultado do quarto trimestre de 2023 frustrar estimativas do mercado.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,28 %, a 127.752,28 pontos. Na máxima do dia, chegou a 129.558,45 pontos. Na mínima, a 127.326,08 pontos. O volume financeiro somou 27,1bilhões de reais.

O Fed manteve os juros no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano nesta quarta-feira, conforme esperavam economistas, com Jerome Powell afirmando que a taxa provavelmente está no pico e quase todos os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) acreditam que será apropriado reduzi-la

Ele acrescentou que a inflação cedeu de forma notável, embora permaneça acima da meta da autoridade monetária, e observou que o Fed não acha que necessariamente precisa ver um crescimento mais fraco para a inflação cair. Mas ressaltou que não acha provável um corte dos juros em março.

Em Nova York, as bolsas fecharam em queda, com notícias de empresas como Alphabet (NASDAQ:GOOGL) também no radar. O rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 3,9256%, de 4,057% na véspera.

Na visão do chefe da EQI Research, Luís Moran, o Fed -- o comunicado e as declarações de Powell -- foi o principal direcionador da bolsa paulista nesta quarta-feira, com Powell adotando um discurso neutro e reforçando que o BC norte-americano não está confortável com um corte já em março.

"E enquanto não estiver claro quando começa esse corte nos EUA e qual será a velocidade não tem como o mercado no Brasil deslanchar", acrescentou.

Em janeiro, o Ibovespa acumulou uma queda de 4,79%, com o primeiro mês do ano marcado por forte saída líquida de capital externo da bolsa, em meio à reprecificação de apostas quanto aos próximos passos do Fed, após uma certa euforia no final de 2023, quando ganhou força a previsão de corte em março.

Até o dia 29, as vendas de estrangeiros superavam as compras em 5,3 bilhões de reais no mês.

A bolsa paulista fechou antes dos investidores conhecerem a decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC brasileiro, anunciada neste começo de noite, confirmando as expectativas de redução da taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 11,25% ao ano.

Em seu comunicado, o Copom informou que seus integrantes anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões.

DESTAQUES

- GRUPO SOMA ON disparou 16,81%, a 7,92 reais, e AREZZO ON saltou 12,09%, a 62,59 reais, após os grupos de varejo de moda divulgarem que estão em tratativas para uma eventual fusão de suas bases acionárias, mas que ainda não alcançaram um acordo vinculante.

- SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) fechou em queda de 1,88%, a 28,65 reais, após lucro líquido recorrente de 2,204 bilhões de reais nos últimos três meses de 2023, abaixo das previsões de analistas, em desempenho afetado por provisões relacionadas à Americanas (BVMF:AMER3). O CEO do banco afirmou que o portfólio de crédito recorrente está se comportando bem.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subiu 1,08%, a 32,78 reais, e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) encerrou com elevação de 0,52%, a 15,35 reais. Ambos divulgam seus respectivos balanços na próxima semana.

- RD ON (BVMF:RADL3) cedeu 3,62%, a 25,30 reais, tendo no radar relatório do Citi cortando a recomendação das ações para "venda" e reduzindo o preço-alvo dos papéis de 27 para 24 reais.

- VALE ON (BVMF:VALE3) caiu 1,48%, a 67,76 reais, enfraquecida pela queda dos futuros de minério de ferro na China, após dados fabris persistentemente fracos na segunda maior economia do mundo.

© Reuters. Painel com cotações de ações na bolsa paulista
21/03/2019
REUTERS/Nacho Doce

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançou 0,32%, a 40,45 reais, renovando máximas históricas, mesmo com a queda dos preços do petróleo no exterior. O barril de Brent, usado como referência pela companhia, recuou 1,4%, a 81,71 dólares.

- NATURA&CO ON valorizou-se 3,43%, a 16,00 reais, endossada por relatório do Citi elevando a recomendação das ações para "compra/alto risco", bem como o preço-alvo dos papéis de 15 para 21 reais.

- WEG ON (BVMF:WEGE3) fechou em baixa de 1,97%, a 32,34 reais, com analistas da XP (BVMF:XPBR31) atualizando estimativas para a companhia e incorporando uma visão mais cautelosa em relação ao crescimento orgânico de curto prazo, enquanto reiteraram recomendação "neutra" para os papéis, com preço-alvo de 35 reais. 

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