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Ibovespa fecha em queda e renova mínima em quatro meses com disparada nos Treasuries

Publicado 03.10.2023, 17:06
Atualizado 03.10.2023, 18:00
© Reuters. Painel da B3 em São Paulo
28/10/2021
REUTERS/Amanda Perobelli
BVSP
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, renovando mínima em quatro meses, em meio a novo avanço nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano por preocupações persistentes com a possibilidade de juros restritivos por um período prolongado nos Estados Unidos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,42%, a 113.419,04 pontos, menor patamar de fechamento desde 5 de junho. Na máxima do dia, chegou a 115.055,63 pontos. Na mínima, a 113.150,89 pontos. O volume financeiro somou 19,9 bilhões de reais.

Os yields dos Treasuries renovaram máximas em 16 anos endossados por dados mostrando que as vagas de emprego em aberto nos EUA aumentaram inesperadamente em agosto, apontando para condições apertadas no mercado de trabalho.

"A crença é de que o 'higher for longer' está mais forte do que nunca", afirmou o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, acrescentando que dados positivos de emprego têm sido interpretados como indicadores de aumento de risco e orientam decisões na direção da cautela.

"Em tempos normais, mercado de trabalho forte seria motivo de celebração. No atual contexto é um alerta de que algo pode dar muito errado", acrescentou, notando que o temor é de que juros altos por tempo indeterminado nos EUA gerem impactos para todos os lados.

"Foi mais um dia marcado por aumento da aversão ao risco, com as taxas de longo prazo dos títulos americanos aproximando-se de 5% ao ano", afirmou sócio e gestor de ações da Ace Capital Tiago Cunha, chamando a atenção também para a baixa liquidez na bolsa paulista.

"Os retornos dos Treasuries são o principal balizador para taxa de desconto em todo mundo. Se essa taxa aumenta, como tem aumentado nos últimos meses, o valor presente de todos os investimentos deveria cair" acrescentou.

Em Nova York, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em baixa de 1,37%. Investidores ainda aguardam mais dados do mercado de trabalho dos EUA na semana, que muitos veem como cruciais para o Fed determinar seus próximos passos de política monetária.

No Brasil, as taxas dos DIs tiveram mais uma sessão de alta firme, em sintonia com os títulos norte-americanos.

Destaques

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) fechou em queda de 8,46%, a 1,84 real, renovando mínimas desde o final de 2017, com o setor de varejo e outros sensíveis a juros mais uma vez pressionados pela alta nas taxas dos contratos de DI. O índice do setor de consumo caiu 1,88% e o do setor imobiliário cedeu 2,89%.

- CASAS BAHIA ON (BVMF:BHIA3) encerrou com decréscimo de 7,94%, a 0,58 real, com agentes financeiros também repercutindo decisão de detentores de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) da securitizadora Opea de não cobrar antecipadamente o pagamento dos títulos -- com lastro em debêntures da Casas Bahia -- pela empresa, embora mediante oferta de remuneração adicional dos CRIs, além de pagamento de prêmio.

- GOL (BVMF:GOLL4) PN recuou 5,20%, a 6,02 reais, tendo também no radar elevação pela Petrobras do preço médio do querosene de aviação (DAV) às distribuidoras. No setor, AZUL PN (BVMF:AZUL4) fechou o dia com declínio de 5,45%, a 12,85 reais.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) cedeu 1,26%, a 26,60 reais, e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) perdeu 1,23%, a 13,91 reais, com agentes financeiros ainda monitorando eventuais mudanças no ambiente tributário que possam afetar os resultados dos bancos. O governo trabalha para votar ainda nesta semana projeto que trata da tributação de fundos offshore, medida que integra os esforços do Executivo para a "reorganização" da arrecadação. O relator do projeto afirmou que o texto do parecer deve incluir mudança envolvendo a distribuição de juros sobre capital próprio.

© Reuters. Painel da B3 em São Paulo
28/10/2021
REUTERS/Amanda Perobelli

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) recuou 0,44%, a 33,97 reais, mesmo com a alta do petróleo no exterior e declaração do presidente-executivo da companhia, Jean Paul Prates, de que a companhia está avaliando a possibilidade de um novo reajuste de preços de diesel e gasolina antes do fim do ano. Ainda no radar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a Petrobras terá papel de peso na transição energética do país.

- VALE ON (BVMF:VALE3) caiu 0,61%, a 66,58 reais, ainda sem o referencial dos preços de minério de ferro na China em razão de feriado naquele país.

- NATURA&CO (BVMF:NTCO3) valorizou-se 2,97%, a 14,56 reais, após quatro pregões seguidos de baixa. Investidores também continuam atentos ao noticiário envolvendo rede de lojas The Body Shop, após a fabricante de cosméticos anunciar que avalia "alternativas estratégicas" para a rede, incluindo uma potencial venda. Nesta terça-feira, o Sky News publicou que o Grupo Aurelius, dono de negócios como a rede Lloyds Pharmacy, está entre os interessados na unidade.

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