Ibovespa fecha no vermelho, mas acumula ganho de 3% em semana turbulenta

Publicado 28.08.2015, 17:42
Atualizado 30.08.2015, 05:47
Ibovespa fecha no vermelho, mas acumula ganho de 3% em semana turbulenta

Por Priscila Jordão

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa brasileira acentuou perdas na parte da tarde e fechou em queda nesta sexta-feira, com o mercado repercutindo o resultado fraco do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre e em movimento de ajuste após acumular alta de quase 8 por cento em três dias.

O Ibovespa recuou 1,18 por cento, a 47.153 pontos, encerrando, ainda assim, a semana em alta de 3,14 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 6,9 bilhões de reais.

O índice teve uma sessão volátil nesta sexta-feira, após uma semana conturbada em que caiu forte na segunda-feira, pressionado por preocupações sobre a economia chinesa, avançando nos três pregões seguintes ao pegar carona em um movimento global de recuperação.

"Passamos por um período de queda muito forte, depois de alta muito grande. O mercado está se assentando, o que é normal depois de um período tão turbulento", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, sobre o pregão desta sexta-feira.

Além de números nada animadores da economia doméstica, a Bovespa reagiu nesta sessão a comentários do vice-chair do Fed, Stanley Fischer, sugerindo que uma alta do juro dos Estados Unidos no mês que vem permanece como uma possibilidade, o que é negativo para os mercados acionários.

Por aqui, o PIB do Brasil contraiu 1,9 por cento no segundo trimestre sobre os três meses anteriores e 2,6 por cento na comparação anual, baixa maior que a esperada pelo mercado.

Nesse contexto de fraqueza econômica, estrategistas do BTG Pactual (SA:BBTG11) cortaram suas estimativas consolidadas de lucro para as companhias brasileiras neste ano em 10 por cento contra projeções feitas em abril.

No campo político, parlamentares e empresários criticaram duramente a possibilidade de um retorno da CPMF, proposta que estaria em estudo pelo governo federal.

DESTAQUES

=PETROBRAS ajudou a diminuir as perdas do mercado com ganho de 1,24 por cento nos papéis PN e de 1,18 por cento nas ações ON, em linha com o avanço dos preços do petróleo. As ações da estatal tiveram na véspera suas maiores valorizações desde fevereiro após a commodity fechar em alta superior a 10 por cento. Nesta sexta, os papéis da estatal também foram alvo de movimento de cobertura de posições vendidas, o que agregou volatilidade, disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.

=ITAÚ UNIBANCO recuou 2,86 por cento, maior pressão de baixa do Ibovespa devido ao seu peso no índice. O Conselho do banco aprovou na véspera a renovação de programa de compra de ações, autorizando a diretoria a adquirir até 11 milhões de ações ordinárias e até 50 milhões de papéis preferenciais.

=BRF teve variação positiva de 0,28 por cento, após o Conselho aprovar programa de recompra de até 14,5 milhões de ações da companhia, correspondentes a 1,7 por cento do capital social da empresa.

=ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES e KROTON (SA:KROT3). Os papéis do setor de educação caminharam em direção oposta, com Estácio em alta de 1,65 por cento e Kroton caindo 3,72 por cento. Segundo matéria no jornal Valor Econômico, o Ministério da Educação (MEC) está analisando a aplicação de um reajuste de 8,5 por cento nas mensalidades pagas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no próximo ano. Participantes do mercado comentaram que, de qualquer maneira, é bem possível que o reajuste do MEC fique abaixo da inflação.

=CPFL Energia recuou 3,2 por cento, ficando entre as maiores quedas do dia, após a Aneel ter aprovado a redução de 18 por cento no valor adicional cobrado dos consumidores de energia na vigência das bandeiras tarifárias vermelhas. Segundo o analista Daniel Bermudez, da Quantitas Asset Management, a notícia é marginalmente negativa, pois deixa o fluxo de caixa das distribuidoras mais pressionado.

(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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