Investing.com - O clima segue positivo nas bolsas internacionais em um pregão que poderá ser mais calmo na B3 com a acomodação de posições, enquanto o mercado aguarda novidades na política, a reunião do Fed amanhã e o IPCA-15 na quinta-feira. Pelo lado das commodities, o petróleo volta a se aproximar da máxima em cinco meses, enquanto minério desabou na China.
O Ibovespa Futuros avança 0,4% para 76.740 pontos. Ontem, o Ibovespa perdeu força ao longo do pregão após superar pela primeira vez os 76 mil pontos e encerrou o dia a 75.990 pontos, novo patamar recorde.
As bolsas internacionais voltam a oferecer suporte para novo dia de ganhos, que poderá esticar ainda mais o Ibovespa. Os futuros de Wall Street operam no positivo, com ganhos de 0,1% nos três principais índices - Dow, S&P 500 e Nasdaq, sinalizando novos recordes em NY. A Europa sobe 0,1% no CAC 40 e 0,3% no FTSE 100, enquanto o DAX cede 0,2%.
Deverá pesar sobre as ações do setor de siderurgia e mineração o forte recuo de 4% no minério de ferro, o que poderá azedar o Ibovespa, empurrando o índice para um movimento de correção.
Ainda no radar dos investidores, o jornal O Globo afirmou que o governo poderá elevar novamente a meta de rombo fiscal, hoje em R$ 159 bilhões, após os impasses no leilão das hidrelétricas que pertenciam à Cemig (SA:CMIG4) e no Refis. Somente com o certame das usinas o governo previa a entrada de R$ 11 bilhões.
A alternativa de buscar mais recursos na devolução de empréstimos ao BNDES é criticada abertamente por diretores do banco de fomento, que disseram que o repasse de R$ 180 bilhões um “número muito salgado”. A União quer a entrega de R$ 50 bilhões já neste ano e os R$ 130 bilhões restantes em 2018.
Os próximos passos da denúncia contra Michel Temer no STF também poderão mexer com o mercado, especialmente se a corte optar por devolver o processo à PGR para análise da nova procuradora-Geral, Raquel Dodge. Neste cenário, o alívio político poderia aumentar as chances de aprovação de alguns pontos da reforma da Previdência, o que deverá ser precificado em novas altas do Ibovespa.
Commodities
O petróleo segue sua trajetória de alta iniciada na semana passada após relatórios da Agência Internacional de Energia e da Opep mostrarem queda na produção do cartel e aumento da demanda pela commodity.
O barril do WTI opera em sua máxima de cinco meses aos US$ 50,70 o barril, alta de 0,7%, enquanto o Brent valoriza 0,4% para US$ 55,70 o barril, em Londres.
O minério de ferro perdeu 1,4% nos contratos futuros negociados em Dalian e fecharam a 498 iuanes a tonelada. Para a entrega spot, em Qingdao, a commodity afundou 4% para US$ 68,85 a tonelada.
Mundo corporativo
A Triunfo deverá ganhar força compradora com medida provisória que flexibiliza condições de concessões rodoviárias federais, alongando o prazo para execução dos trabalhos previstos nos contratos. A companhia aprovou ainda um programa de recompra de até 4,7 milhões das 72,02 milhões de ações em circulação.
A Petrobras (SA:PETR4) precificou US$ 2 bilhões em títulos emitidos em duas tranches no mercado internacional, definindo rendimentos finais de 5,3%para os papéis com vencimento em 2025 e de 6% para 2028.
A JBS (SA:JBSS3) anunciou a criação da vice-presidência de operações, que será comandada por Gilberto Tomazoni, no grupo desde 2013. A decisão foi tomada por José Batista Sobrinho, que substituiu seu filho Wesley Batista na presidência da empresa, em decisão abertamente criticada pelo BNDES.
A Vale (SA:VALE5) tem realizado estudos para definir uma nova estratégia de crescimento, que deverá ser colocada em prática assim que a companhia cumprir suas metas atuais de reduzir o endividamento para níveis confortáveis, disse o diretor-executivo e consultor-geral da empresa, Clóvis Torres.
O Conselho de Administração da Ser Educacional (SA:SEER3) fixou em R$ 200 milhões o valor total da 2ª emissão de debêntures simples não conversíveis em ações da companhia.
O IPO da Camil atingiu metade da demanda da oferta de ações a dois dias da operação, segundo o Broadcast.
Com Reuters