Investing.com - O mercado segue acompanhando o julgamento no TSE da chapa Dilma-Temer eleita em 2014 que foi retomado nesta manhã com a expectativa da leitura do voto do relator do caso, o juiz Herman Benjamin.
O Ibovespa Futuro opera em forte alta de 0,7% enquanto o mercado posiciona suas apostas em relação à possível manutenção de Temer. Ontem o Ibovespa avançou 0,8% para fechar a 62.954 pontos.
Não há ainda uma visão clara do resultado do julgamento e isso deverá trazer cautela ao mercado financeiro. Enquanto escuta-se de aliados do governo que Temer terá até cinco dos sete votos ao seu favor, ainda não há indícios de que isso será confirmado.
Está precificado que o voto do relator que será lido hoje deverá ser pela cassação da chapa, mas a posição dos demais juízes é uma incógnita. Os operadores e políticos buscam nas intervenções dos magistrados indicações de seus votos. O Valor traz hoje que Gilmar Mendes sugeriu voto com o governo em uma de suas falas. Napoleão Nunes, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira - todos recém nomeados para o TSE por Temer - questionaram relator sobre preliminar, o que foi entendido como possível indicação de voto a favor do presidente.
Se o destino de Temer no TSE ainda não está traçado, o mesmo também pode ser dito da política no caso de uma cassação do presidente. Não se formou ainda um consenso sobre um possível substituto, o que poderia gerar incertezas que certamente afetariam o mercado. O nome mais forte é de Rodrigo Maia, mas uma chapa ampla, com apoio de partidos da esquerda poderiam limitar o avanço das reformas.
No Senado, o governo conseguiu a aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos da reforma trabalhista com acordo para vetar alguns pontos e, assim, evitar que o tema voltasse para a Câmara dos Deputados.
No exterior, a cautela permanece na véspera da eleição no Reino Unido em um clima de perda de liderança dos Conservadores, partido da primeira-ministra Theresa May. Também no radar do mercado nesta quinta-feira, James Comey, ex-diretor do FBI, fará depoimento em uma comissão do Senado, ao passo que o Banco Central Europeu anunciará sua decisão de política monetária.
Commodities cedem
O petróleo devolve parte dos ganhos de ontem e cede quase 1% para ser negociado a US$ 47,80 em Nova York. Ontem, os ministros da Rússia e do Catar garantiram o acordo da Opep e, à noite, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) divulgou redução de 4,62 milhões de barris nos estoques. Os dados oficiais serão publicados às 11h30 com expectativas de redução de 3,4 milhões de barris.
O minério de ferro cedeu 1,1% para a entrega imediata no porto de Qingdao na China e fechou negociado a US$ 55,43 a tonelada. Os contratos futuros na bolsa de Dalian ganharam 0,2% e terminaram o dia a 433 iuanes a tonelada.
Mundo corporativo
A Petrobras (SA:PETR4) aprovou uma nova política de preços para a comercialização de GLP em botijões, para uso residencial, com o primeiro reajuste sob nova metodologia agendado para 8 de junho. Segundo a empresa, a nova fórmula de preços implicará aumento médio nas refinarias de 6,7% por cento. O preço final às distribuidoras será formado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, acrescida de uma margem de 5 por cento.
A Kroton (SA:KROT3) ofereceu vender unidades da Anhanguera que somam 200 mil alunos para conseguir a aprovação da fusão com a Estácio (SA:ESTC3) no Cade, segundo a Veja.
A Moody’s rebaixou de B1 para B2 o rating da Cemig (SA:CMIG4), com perspectiva negativa.
A Braskem (SA:BRKM5) conseguiu a aprovação de seu acordo de leniência na Justiça Federal de Cutiriba.
A J&F teve suas linhas de financiamento cortadas pela Caixa Econômica Federal por determinação do governo. A CEF interrompeu o repasse dos recursos e aumentou seu provisionamento, em movimento que poderá ser seguido pelos demais bancos.
A Smiles será incorporada pela WebJet em reorganização societária informada pela Gol ontem.
Com Reuters