Investing.com - O principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa, que já operava em queda na parte da manhã, acelerou as perdas no começo da tarde. O menor apetite por risco no exterior em meio a renovadas preocupações sobre o crescimento da economia global, além dos desdobramentos do discurso do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, pesa para o resultado de momento.
O índice recua 0,77% aos 95.272,69 pontos, com volume de negócios de R$ 5,235 bilhões.
O presidente Jair Bolsonaro disse no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta terça-feira que confia que terá o respaldo do Congresso para seu governo e que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, é a principal pessoa no governo no combate à corrupção.
Em uma rápida sessão de perguntas e respostas no fórum na cidade suíça, o presidente disse que Moro terá todos os meios para seguir o dinheiro e o crime nesse combate. Bolsonaro defendeu que o meio ambiente precisa ser casado com o desenvolvimento e ressaltou que o Brasil dá exemplo ao mundo nessa área.
Ele afirmou ainda que não busca fazer só o Brasil grande, mas espera o mesmo para toda a América do Sul, prevendo que a esquerda não prevalecerá na região.
Na véspera, o indicador fechou em baixa, com realizações de lucros em pregão marcado pelo vencimento de contratos de opções sobre ações e sem a referência de Wall Street, que esteve fechado por feriado do Dia de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos.
Em 2019, contudo, o índice ainda acumula valorização de cerca de 9 por cento, após altas de aproximadamente 39 por cento em 2016, 27 por cento em 2017 e 15 por cento em 2018.
"Todo mundo está esperando o discurso lá de Davos para ver qual será a receptividade (do mercado internacional ao novo governo brasileiro)... Tudo indica que vai ser positivo", disse à Reuters o gerente de renda variável da H.Commcor, Ari Santos.
Enquanto isso, destacaram outros operadores, a B3 segue atenta ao exterior, onde as preocupações sobre a economia mundial voltaram a ganhar força depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou em 0,2 ponto percentual a previsão do crescimento global em 2019, para 3,5 por cento.
Santos observou que o tímido movimento de queda do Ibovespa era puxado principalmente pelas perdas de Petrobras (SA:PETR4) e Vale (SA:VALE3). na esteira do recuo dos preços do petróleo em Nova York e do minério de ferro na China. "Ainda assim, a bolsa deve sustentar esse intervalo de 95 a 96 mil pontos", afirmou o gerente de renda variável da H.Commcor.
Com Reuters.