Investing.com - Depois de iniciar a sessão com perdas, seguindo a cena externa, o principal índice da bolsa paulista, inverteu a tendência e agora avança 0,58% aos 75.143,55 pontos. O mercado segue apreensivo com o cenário eleitoral, enquanto o bom desempenho das ações da Suzano colabora com o resultado de momento após notícias relacionadas ao processo de fusão com a Fibria. Destaque também para a recuperação de Petrobras, que zerou as perdas de 1,7% e agora operam perto da estabilidade.
O Ibovespa já contabiliza queda de mais de 1,8% na semana, considerando o desempenho deste pregão.
No exterior, o embate comercial envolvendo Estados Unidos e parceiros econômicos relevantes segue gerando desconforto entre investidores, assim como a situação de economias emergentes, particularmente Argentina e Turquia, sem mudanças relevantes no quadro recente.
Do lado doméstico, em meio a um ambiente eleitoral ainda bastante nebuloso, a equipe da corretora Mirae avaliou em nota a clientes que a não divulgação das pesquisas de intenções de votos pelo Ibope e Datafolha são fator de preocupação.
Na véspera, o Ibope deixou de divulgar uma pesquisa sobre a disputa presidencial prevista para a noite de terça-feira e fez uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após realizar uma "adequação" que retirou do levantamento o cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Datafolha também anunciou na terça-feira que cancelou o registro de uma pesquisa nacional que seria feita entre esta terça e a quinta-feira por conta da presença de Lula no questionário.
DESTAQUES
- SUZANO (SA:SUZB3) disparava 6,75 por cento, após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitar pedidos para interromper o prazo de convocação de um assembleia de acionistas da Fibria (SA:FIBR3) para avaliar, entre outras propostas, fusão entre as companhias. Na máxima, os papéis chegaram a 55 reais, recorde intradia.
- AMBEV (SA:ABEV3) tinha alta de 1,28 por cento, ensaiando uma recuperação após cair nos quatro pregões anteriores, período em que acumulou perda de 6,44 por cento.
- MAGAZINE LUIZA (SA:MGLU3) valorizava-se 2,15 por cento, também reagindo após apurar queda de mais de 9 por cento nos dois pregões anteriores, figurando entre as maiores altas do Ibovespa, em sessão sem viés único para o setor de varejo. B2W (SA:BTOW3) subia 0,95 por cento, mas VIA VAREJO UNIT (SA:VVAR11) caía 2,58 por cento.
- SMILES ON (SA:SMLS3) cedia 7,15 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, pressionada por notícia de que a Latam decidiu não renovar contrato operacional com sua controlada Multiplus e fechar o capital da operadora de programas de fidelidades. MPLU3, que não está no Ibovespa, subia 4,51 por cento.
- BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) subia 1,47 por cento, com ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) mostrando acréscimo de 1,07 por cento, BRADESCO PN (SA:BBDC4) com variação positiva de 0,55 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT (SA:SANB11) em alta de 0,39 por cento.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) avançava 0,05 por cento, em sessão de queda dos preços do petróleo no exterior.
Com Reuters