Lula diz que não há espaço para negociação e rejeita "humilhação" de ligar para Trump
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa tinha variações modestas nesta terça-feira, acompanhando o movimento nos pregões norte-americanos, enquanto agentes financeiros continuam monitorando o noticiário sobre as tarifas do presidente dos Estados Unidos.
Por volta de 11h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação negativa de 0,05%, a 139.420,68 pontos. O volume financeiro somava R$3,89 bilhões.
De acordo com o analista técnico Alex Carvalho, da XP (BVMF:XPBR31), o Ibovespa desacelera com a perda de volume comprador e correção até a média de 9 dias. Mas, afirmou, o preço se mantém ainda em tendência de alta com topos e fundos mais altos.
Em relatório a clientes, ele citou que correções são esperadas em 138.350 pontos e acrescentou que o "estocástico lento apresenta região de sobrecompra, sinal este de correção, porém ainda não traz premissa de reversão".
Em Nova York, o S&P 500 tinha declínio de 0,02% após a mais recente ofensiva tarifária de Donald Trump, com investidores esperando que as próximas negociações com parceiros possam neutralizar a ameaça de uma guerra comercial ampla.
Nesta terça-feira, a China alertou os EUA contra reacender a tensão comercial restaurando as tarifas sobre seus produtos no próximo mês, e ameaçou retaliar países que fecharem acordos com os EUA para tirar a China das cadeias de oferta.
DESTAQUES
- WEG ON (BVMF:WEGE3) recuava 2,08%, no segundo pregão seguido de queda, ampliando as perdas no ano. Em relatório na semana passada, analistas do Itaú BBA citaram ausência de catalisadores para uma melhora nos preços das ações no curto prazo, somada a possíveis revisões negativas nas estimativas de lucros.
- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) subia 1,15%, em dia de oscilações modestas dos preços do petróleo no exterior, mas bastante positivo para o setor na bolsa paulista, com BRAVA ENERGIA ON avançando 2,43%, PRIO ON (BVMF:PRIO3) valorizando-se 1,27% e PETRORECONCAVO ON ganhando 0,97%.
- SABESP ON (BVMF:SBSP3) recuava 1,92%, no segundo pregão seguido de queda, após ter fechado com declínio de 1,8% na véspera.
- VALE ON (BVMF:VALE3) mostrava acréscimo de 0,37%, apoiada pelo fechamento positivo dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 0,14%, a 733 iuanes (US$102,21) a tonelada.
- CPFL (BVMF:CPFE3) ENERGIA ON perdia 1,63%, em sessão mais negativa no setor e tendo como pano de fundo relatório de analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) começando a cobertura da ação com recomendação neutra e preço-alvo de R$41. Também na ponta negativa, ENGIE BRASIL ON (BVMF:EGIE3) cedia 1,18%.
- BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT caía 0,83%, pior desempenho entre os bancos do Ibovespa. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) mostrava estabilidade, enquanto BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) avançava 0,59%, SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) subia 0,31% e ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) tinha variação positiva de 0,08%.
- AZZAS 2154 ON recuava 1,09%, após o IBGE mostrar queda de 0,2% nas vendas em maio ante abril, contra previsão de economistas de alta de 0,2%. O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) também mostrou declínio real no faturamento do setor em junho. LOJAS RENNER ON (BVMF:LREN3) cedia 0,57%.
- AZEVEDO & TRAVASSOS ON (BVMF:AZEV3), que não está no Ibovespa, disparava 8,16%, após a holding divulgar que consórcio entre a sua controlada Heftos e a Construtora Colares Linhares venceu licitação para contrato de R$1,76 bilhão com a Petrobras.
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(Por Paula Arend Laier; Edição de Camila Moreira e Michael Susin)