SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista oscilava sem viés claro nos primeiros negócios desta terça-feira, em meio ao enfraquecimento dos futuros acionários nos EUA e queda do petróleo, além de dados aquém do esperado sobre a atividade econômica no Brasil, mas com alta dos preços do minério de ferro na China.
Às 10:23, o Ibovespa subia 0,11%, a 98.801,11 pontos.
Na véspera, o Ibovespa fechou em queda de mais de 1% e perdeu o patamar dos 100 mil pontos na segunda etapa do pregão seguindo a piora em Wall Street.
Nos Estados Unidos, os futuros acionários perderam força após dados de preços ao consumidor, revertendo o tom mais positivo verificado mais cedo após lucro acima do esperado do JPMorgan. O mini-contrato futuro do S&P 500 (ESc1) cedia 0,4%.
O petróleo também caía por preocupações de que medidas de restrição à circulação possam ser impostas para conter casos de coronavírus nos Estados Unidos e na Ásia, enquanto a Opep+ se prepara para aumentar a oferta.
Os futuros do minério de ferro na China, por sua vez, voltaram a subir nesta terça-feira, em meio a um sentimento positivo quanto à recuperação econômica e com esperanças de melhora na demanda após a estação de chuvas.
No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 1,31% em maio na comparação com o mês anterior.
Para a economista-chefe do Banco Inter (SA:BIDI4), Rafaela Vitoria, o dado desapontou.
"Sabemos que o processo de recuperação é gradual e não será linear. O ponto negativo em maio foi sem dúvida o setor de serviços que ainda precisa de mais tempo para se adaptar a pandemia e iniciar a recuperação", afirmou no Twitter.
Da cena corporativa, as ações da Cyrela (SA:CYRE3) eram destaque negativo, após a companhia divulgar na véspera queda de vendas e lançamentos de imóveis residenciais no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado.