Ibovespa renova máximas do ano e encosta em 135 mil pontos

Publicado 24.04.2025, 17:12
Atualizado 24.04.2025, 17:56
© Reuters. Painel da B3n05/08/2024nREUTERS/Carla Carniel

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, renovando máximas no ano acima dos 134 mil pontos, endossado por Wall Street e alívio nas taxas dos DI, além da alta da Vale e Itaú, enquanto Hypera (BVMF:HYPE3) disparou após resultado trimestral e previsão de concluir mais cedo o processo de otimização de capital de giro.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,79%, a 134.580,43 pontos, máxima de fechamento desde setembro de 2024. No melhor momento, marcou 134.937,55 pontos. Na mínima, registrou 132.223,46 pontos. O volume financeiro no pregão somou R$26,77 bilhões.

Na visão do estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, parte relevante do movimento positivo na bolsa nesta sessão está atrelada à queda das taxas dos DIs, que, por sua vez, foi influenciada pela perspectivas de que o Federal Reserve precisará agir para proteger a economia norte-americana dos potenciais efeitos nocivos da nova política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Além disso, o estrategista também citou como efeito benéfico ao apetite a risco a percepção no mercado de que os EUA devem se abrir para um diálogo com a China sobre as tarifas comerciais, mesmo sem detalhes concretos.

Em Wall Street, os principais índices acionários fecharam em alta, ampliando seu rali com um sólido impulso das ações de tecnologia, tendo também no radar uma série de resultados corporativos. O S&P 500 subiu 2%.

Para o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, continua a expectativa sobre a guerra tarifária entre os EUA e a China. "Nós estamos esperando que o Trump recue ou faça algum acordo... acredito que o mercado como um todo está esperando isso", afirmou.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) avançou 1,56%, tendo no radar o resultado do primeiro trimestre no final do dia. Previsões compiladas pela LSEG apontam Ebitda de US$3,17 bilhões. A ação descolou da fraqueza dos futuros do minério de ferro na China, em meio à perspectiva de maior oferta. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou em baixa de 0,28%, a 720,5 iuanes (US$98,76) a tonelada.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subiu 1,94%, acompanhado por BRADESCO PN (BVMF:BBDC4), que avançou 1,6%, SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11), que fechou em alta de 3,81%, e BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT que ganhou 1,06%, enquanto BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) fechou em baixa de 1,21%.

- HYPERA ON disparou 12,27%, mesmo após balanço do primeiro trimestre com prejuízo líquido das operações continuadas de R$138,8 milhões, com menores receitas no período. A farmacêutica citou a aceleração de sua estratégia para otimizar capital de giro, acrescentando que espera antecipar a conclusão do processo para o início do segundo trimestre.

- USIMINAS PNA (BVMF:USIM5) caiu 4,28%, após disparar na abertura (+7,76%), tendo como pano de fundo balanço do primeiro trimestre com lucro líquido de R$337 milhões, acima do esperado por analistas. A companhia afirmou que espera um cenário de "estabilidade" para o atual trimestre ante os três primeiros meses do ano e seu CEO disse que a Usiminas deve cortar investimento se governo não reforçar defesa comercial. A sessão também foi marcada por dados de março sobre vendas de aço. Na véspera, as ações fecharam em alta de 6,3%.

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) disparou 10,8%, endossada pelo alívio das taxas dos contratos de DI em meio à queda do dólar ante o real, o que apoiou o setor como um todo, com PETZ ON (BVMF:PETZ3), GPA (BVMF:PCAR3) ON e LOJAS RENNER ON (BVMF:LREN3) também entre os destaques positivos, encerrando com altas de 9,65%, 6,91% e 5,73%, respectivamente. O índice de consumo da B3 (BVMF:B3SA3) fechou com acréscimo de 2,47%.

- AZUL PN (BVMF:AZUL4) desabou 24,84%, após a companhia divulgar resultado da sua oferta de ações, com emissão de 464.089.849 papéis, perfazendo um total de R$1,66 bilhão, bem abaixo dos R$4,1 bilhões estimados na ocasião do anúncio, com a soma da oferta inicial (450.572.669 ações preferenciais) e um lote adicional de até 155% para eventual excesso de demanda. Após a operação, o novo capital social da Azul, aprovado e homologado pelo conselho de administração, passou para R$7,1 bilhões. O noticiário envolvendo a companhia ainda incluiu decisão do Cade de analisar o acordo de compartilhamento de voos iniciado em meados do ano passado entre a companhia e a Gol (BVMF:GOLL4). GOL PN, que não está no Ibovespa, cedeu 2,8%. -

- RD (BVMF:RADL3) SAÚDE ON caiu 1,33%, tendo como pano de fundo relatório do Morgan Stanley (NYSE:MS) cortando a recomendação das ações para "equal-weight", bem como o preço-alvo, de R$30 para R$20.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) fechou com variação negativa de 0,46%, conforme os preços do petróleo no exterior se afastaram das máximas, mas encerrando o dia também distante das mínimas. O barril de Brent terminou com acréscimo de 0,65%, a US$66,55. O noticiário da estatal também incluiu autorização do conselho de administração para acordo com a subsidiária da Unigel, a Proquigel, para a retomada de operações em fábricas de fertilizantes na Bahia e em Sergipe. A Unigel disse que está verificando as condições do acordo proposto pela Petrobras.

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