Ibovespa sobe com ajuda de Vale e Petrobras

Publicado 09.09.2025, 10:08
Atualizado 09.09.2025, 11:14
© Reuters.

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa tinha uma alta modesta nesta terça-feira, sustentada principalmente por Vale e Petrobras, endossadas pelo avanço dos preços do minério de ferro e do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros também monitoram a retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Por volta de 11h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,17%, a 142.034,18 pontos. O volume financeiro somava R$3,3 bilhões.

"O Ibovespa está em tendência de alta no curto e médio prazo, e segue em direção aos 150.000 e 165.000 pontos numa visão de médio prazo", afirmaram analistas do Itaú BBA.

"Do lado da baixa, o primeiro suporte está em 140.900 e, em seguida, em 139.300 pontos. Abaixo deste, encontrará próximos suportes em 139.300 e 137.200 – patamar que mantém o índice em tendência de alta no curto prazo", acrescentaram no relatório Diário do Grafista enviado a clientes nesta terça-feira.

Em Brasília, a Primeira Turma do STF retomou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado, com a leitura do voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, que rejeitou alegações de nulidade e preliminares apresentadas pelas defesas.

Ao começar a analisar o mérito da acusação, Moraes afirmou não haver dúvida de que houve uma tentativa de golpe de Estado no país e afirmou que o que discute no julgamento é a autoria desta tentativa. A leitura do voto segue em andamento.

Há preocupações no mercado acerca de eventuais retaliações do governo norte-americano do presidente Donald Trump ao desfecho do julgamento.

Por causa do processo contra Bolsonaro, os Estados Unidos impuseram sanções a Moraes no final de julho por considerá-lo um violador de direitos humanos. O presidente Donald Trump também citou o caso de Bolsonaro para impor tarifa comercial de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA.

Em Wall Street, o S&P 500 tinha acréscimo de 0,14% em pregão marcado por expectativas para a divulgação no começo da tarde de dados revisados sobre o mercado de trabalho norte-americano.

DESTAQUES

- VALE ON subia 1,45%, tendo como pano de fundo o avanço dos preços do minério de ferro na China, refletindo crescentes preocupações com as perspectivas de fornecimento do projeto Simandou, na Guiné e expectativas de melhora da demanda chinesa. O contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 2,03%.

- CSN ON valorizava-se 2,81%, com o setor como um todo na ponta positiva. USIMINAS PNA subia 1,09% e GERDAU PN tinha elevação de 0,63%.

- PETROBRAS PN avançava 1,04%, endossada pela alta do petróleo no exterior, ainda sob efeito de um aumento menor do que o esperado na produção da Opep+ e com receios sobre potenciais novas sanções para a Rússia. O barril sob o contrato Brent tinha elevação de 1,39%. No setor, PETRORECONCAVO ON subia 3,43%, BRAVA ON ganhava 2,41% e PRIO ON tinha elevação de 2,02%.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,86%, em dia misto entre os bancos do Ibovespa, com BRADESCO PN perdendo 0,35%, mas BANCO DO BRASIL ON subindo 0,48% e SANTANDER BRASIL UNIT avançando 0,28%.

- DIRECIONAL ON recuava 2,78%, tendo no radar relatório de analistas do JPMorgan, que cortaram a recomendação dos papéis para neutra, embora o preço-alvo tenha subido de R$15,80 para R$18. CURY ON, que também teve a classificação reduzida para neutra pelo banco norte-americano, perdia 2,06%.

- COSAN ON caía 1,74%, em sessão de ajustes após nove altas seguidas, período em que acumulou valorização de 38% em meio a noticiário recente envolvendo potenciais investidores interessados na companhia, bem como na Raízen -- joint venture da empresa com a Shell. RAÍZEN PN era negociada em baixa de 0,74%.

- MARFRIG ON subia 1,85%, após anunciar na noite da véspera que concluirá a incorporação de todas as ações da BRF em 22 de setembro, quando os papéis de emissão da BRF serão negociados pela última vez na bolsa paulista. A partir do dia 23 de setembro, as ações passarão a ser negociadas sob o ticker MBRF3. O negócio foi aprovado pelo Cade na semana passada.

(Por Paula Arend Laier)

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