(Reuters) - A empresa de galpões logísticos Fulwood pediu registro para uma oferta inicial de ações (IPO), no mais recente exemplar de empresa em busca de recursos no mercado para financiar projetos de expansão, impulsionadas pelo boom do comércio eletrônico no Brasil, catalisado pelos efeitos da pandemia da Covid-19.
Criada em 2013, a Fulwood tem 90 contratos de locação em 13 empreendimentos entre São Paulo e em Minas Gerais, para clientes incluindo Mercado Livre (NASDAQ:MELI), Huawei e Foxconn. Ao todo, tem mais de 800 mil metros galpões desenvolvidos.
No prospecto preliminar da operação publicado nesta quarta-feira no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informa que pretende usar os recursos da venda de ações novas para comprar terrenos, fatias de sócios em negócios atuais, construção de novos galpões e para capital de giro.
Além disso, membros da família Schilis, fundadora da companhia, vão vender fatias no negócio, que será coordenado por BTG Pactual (SA:BPAC11), Bradesco BBI e Itaú BBA.
Desde o ano passado, na esteira de medidas de isolamento social para conter a pandemia, que fecharam o comércio físico por meses, o comércio eletrônico disparou no país, incentivando empresas do setor a acelerarem planos de expansão.
Desde então, ao menos uma dezena de empresas brasileiras ligadas a este mercado já estrearam na B3 (SA:B3SA3) ou em bolsas nos Estados Unidos, incluindo VTEX, Westwing (SA:WEST3), Infracommerce, Mosaico, Mobly (SA:MBLY3), Sequoia e Enjoei.
No primeiro semestre, a Fulwood teve receita líquida de 69,2 milhões de reais.
(Reportagem de Aluísio Alves)