Por Helen Reid
LONDRES (Reuters) - Os índices acionários europeus fecharam com pouca variação depois de um pregão agitado nesta sexta-feira, mas registraram ganhos semanais apesar dos resultados corporativos mistos do terceiro trimestre e da disputa a respeito dos planos orçamentários da Itália entre o governo populista italiano e a União Europeia.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,09 por cento, a 1.421 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,12 por cento, a 361 pontos, encerrando a semana com um ganho de 0,7 por cento.
O índice de ações bancárias da Itália chegou a
a sofrer perdas acentuadas durante a manhã e atingiu mínimas de 22 meses, com os títulos do governo sofrendo vendas generalizadas depois que Bruxelas enviou uma carta pedindo explicações para a Itália sobre seu plano orçamentário.
Os bancos italianos reduziram suas perdas gradualmente e limitaram sua queda diária a 0,4 por cento.
Uma série de balanços corporativos, alguns com perspectivas negativas, sugeriram que a desaceleração do crescimento na China também criou um cenário de incertezas na sessão.
As ações da fabricante de pneus Michelin (PA:MICP) caíram 11,2 por cento depois de cortar suas perspectivas de vendas e reduzir suas previsões de crescimento de mercado, culpando a desaceleração da demanda por carros da China e as novas regulamentações para testes de emissões.
"As empresas que decepcionam são sempre punidas mais duramente, mas, dada a tendência do mercado atualmente, as reações estão mais fortes do que o normal", disse Emmanuel Cau, estrategista europeu de ações do Barclays (LON:BARC).
Sua rival alemã Continental caiu 4,5 por cento, e o setor de autopeças e componentes como um todo recuou 2,8 por cento.
"Este aviso fornece uma leitura negativa para todos os fabricantes de pneus (menor volume de mercado e maiores custos de insumos)", disseram analistas do UBS.
O conglomerado francês Bouygues (PA:BOUY) caiu 11,8 por cento depois de cortar sua perspectiva de lucro devido a dificuldades em seu negócio de construção, também reportando margem menor devido a problemas com contratos e greves na França.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,32 por cento, a 7.049 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,13 por cento, a 11.556 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,63 por cento, a 5.084 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,04 por cento, a 19.080 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,03 por cento, a 8.892 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,68 por cento, a 5.026 pontos.