NVDA disparou 197% desde a entrada na estratégia de IA em Novembro - é hora de vender? 🤔Saiba mais

Indústria do aço no Brasil deve rever projeções após queda de 12% na produção no 1º tri

Publicado 22.04.2016, 15:23
© Reuters.  Indústria do aço no Brasil deve rever projeções após queda de 12% na produção no 1º tri

SÃO PAULO (Reuters) - As usinas siderúrgicas do Brasil devem rever para baixo suas projeções de desempenho operacional no país, após a forte queda na produção nacional de aço bruto no primeiro trimestre, afirmou nesta sexta-feira o presidente-executivo da entidade que representa o setor, IABr, Marco Polo de Mello Lopes.

"Estamos atravessando este momento em que não sabemos o que vai acontecer no dia de amanhã", disse o executivo. "A crise (política) em si criou uma paralisia em que nada se resolve no país. Se o impeachment for ou não aprovado, o que o país precisa é de estabilidade para se priorizar o crescimento do mercado e para que isso ocorra é preciso credibilidade e boas expectativas", acrescentou o executivo em entrevista.

A indústria estimou no final de março que a produção de aço bruto do Brasil vai ter recuo de apenas 1 por cento este ano, a 32,9 milhões de toneladas, mas o volume produzido no primeiro trimestre apontou um ritmo anualizado de 29,6 milhões de toneladas, segundo dados do IABr. A produção de janeiro a março caiu 12,3 por cento sobre um ano antes, a 7,4 milhões de toneladas.

"Com certeza vamos rever (as projeções)", disse Lopes, acrescentando que a revisão deve ocorrer no início de junho, durante o Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo.

Lopes participou no início da semana de reunião em Bruxelas patrocinada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que terminou sem avanços sobre medidas para se lidar com o excesso da capacidade global de produção de aço, de 700 milhões de toneladas.

Segundo ele, o fracasso da reunião, que reuniu representantes comerciais dos principais países produtores de aço como China, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, vai tornar difícil a realização de um novo encontro nos próximos meses o que torna prioritário o não reconhecimento da China como economia de mercado.

"Os governos têm trabalhando nisso sem dar muita visibilidade (sobre o status da China). Evidente que estão conversando entre si, mas cabe à iniciativa privada verbalizar isso. No aço, o que a China faz é exatamente o oposto do que faz uma economia de mercado. O país tem empresas estatais, todo o planejamento definido pelo governo central, as empresas não quebram (...) Precisamos evidenciar isso", disse Lopes.

No Brasil, o pleito do IABr junto ao governo federal continua sendo pela compensação de resíduos tributários remanescente na cadeia de produção de bens a serem exportados por meio do programa Reintegra, que teve alíquotas de reduzidas de 3 para 1 por cento. Porém, as crises política e econômica têm dificultado avanços.

Enquanto isso, Lopes afirmou que as importações "deixaram de ser um problema" para a indústria em meio ao ambiente de baixa demanda no Brasil e desvalorização do real contra o dólar. No primeiro trimestre, as importações de aço pelo Brasil caíram 63 por cento sobre um ano antes, a 368 mil toneladas, segundo o IABr.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.