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Intelbras: Conservadorismo de caixa é bom em momentos de crise, diz gerente de RI

Publicado 28.02.2023, 17:02
© Intelbras

Por Jessica Bahia Melo

Investing.com – Com resultados do quarto trimestre considerados sólidos e elogiados por analistas, principalmente na geração de caixa, a companhia de tecnologia Intelbras (BVMF:INTB3) aposta em novos segmentos como drivers de crescimento. A empresa lucrou R$ 161,2 milhões no quarto trimestre de 2022, o que representa uma alta anual de 61%.

A empresa oferece soluções em segurança, redes, comunicação e energia, com produtos como smart speaker, câmeras de monitoramento, energia solar e agora até carregadores para carros elétricos. Com esses drivers, Bruno Teixeira, gerente de Relações com Investidores da Intelbras, disse que um “conservadorismo de caixa é bom em momentos de crise”, para enfrentar os desafios macroeconômicos por vir.

Com mais de quatro décadas no mercado, mas com uma abertura de capital mais recente, a Intelbras vem performando com valorização desde o IPO, mesmo com um macro mais desafiador. A companhia foi fundada em 1976, no município de São José, em Santa Catarina, e realizou seu IPO em fevereiro de 2021. Na época, a Intelbras precificou os papéis a R$15,75 cada, movimentando R$1,3 bilhão. Cerca de dois anos depois, nesta quarta-feira, 28, os papéis da companhia custavam R$28,65.

Confira a entrevista exclusiva de Bruno Teixeira, gerente de RI da Intelbras, ao Investing.com Brasil.

Investing.com - A empresa expandiu a participação do segmento de energia dentre as fontes de receita, ultrapassando a marca do faturamento anual de R$ 1 bilhão. Quais vem sendo os drives nessa área?

Bruno Teixeira - Energia como um todo vem realmente se despontando no nosso faturamento já desde o início da unidade em 2019. É uma receita nova que a gente começou trabalhar a partir do momento da percepção de que o nosso integrador, o nosso revendedor autorizado, já tinha relacionamento com o cliente final, com um potencial interesse em instalar seu gerador de energia solar ou inclusive de complementar os seus projetos com os demais portfólios de energia, como nobreaks, baterias, fontes.

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A gente vem tendo excelentes resultados desde então. Entramos 2022 com a perspectiva de faturar acima de R$1 bi e cumprimos a meta. É um mercado que demonstra estar bastante aquecido, principalmente o ano passado, que passou por um momento de transição regulatória, com a taxação. A gente continua acreditando bastante que 2023 vai ser um ano de crescimento, menos expressivo, mas que com certeza vai contribuir bastante para a receita.  Quando a gente olha o longo prazo da companhia, realmente a energia tem o seu espaço, mas os outros dois segmentos, tanto segurança eletrônica quanto comunicação, seguem crescendo.

Tese de Investimentos da Intelbras: Alta anual contramão das techs

Inv.com - Quais foram os principais desafios enfrentados no segmento de comunicação?

Teixeira – A gente veio, dentro do negócio de comunicação, de dois anos muito fortes. Foram aqueles anos da época da pandemia, com trabalho remoto, com todos novos acessos de banda larga que a gente viu acontecendo na segunda residência, na casa de praia, eventualmente no campo, no sítio. Então, quando a gente compara realmente enxerga uma queda. Dentro dessa queda, existem negócios que de fato caíram, principalmente aqueles associados aos provedores de internet, ao acesso de banda larga, que realmente estava passando por uma acomodação, essa realidade aconteceu com bastante clareza, os nossos negócios de comunicação corporativa puderam acelerar. Afinal de contas, durante a pandemia, as pequenas e médias empresas não estavam investindo tanto, muitas delas estavam cuidando de sobreviver e, dado que a pandemia estava encerrando, começaram a consumir redes corporativas.

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Então, essa perspectiva de que o mercado de provedores já está no patamar acomodado pós-pandemia volta a operar naquele regime anterior, com uma nova base de novos assinantes, realmente fazendo penetração de banda larga no Brasil. Como o negócio com clientes corporativos retoma, a gente tem uma perspectiva de que 2023 vem com uma ótica de trazer crescimento, tanto crescimento de receita quanto crescimento de resultado.

Inv.com - Quais novas categorias introduzidas podem contribuir para alancar as receitas nos próximos trimestres, diante das incertezas macroeconômicas?

Teixeira – A gente tem uma constante renovação do portfólio dos produtos, sempre olhando as sinergias desse portfólio e complementando essa solução com demandas que os clientes finais tenham ou que o próprio instalador, revendedor, também identifique, como é o caso dos cabos de fibra ótica para fazer instalações nos ambientes empresariais.

Nossa fábrica em Tubarão (SC) já está terminando operação piloto para começar o faturamento. Lançamos uma linha de complementação de videomonitoramento, bem complementar ao negócio de segurança.

Mas a que mais se destaca é uma linha em parceria com a Qualcomm (BVMF:QCOM34), a parte de acesso banda larga sem fio proporcionado pela CPE 5G, feito por meio das operadoras, que vão continuar vendendo seus serviços banda larga via fibra. Mas, de maneira complementar, pode ser feita oferta de rede sem fio de conexão fixa. Estamos acostumados a ter conexão no celular sem fio, mas você ter também conexão fixa com a torre, também sem fio, e acesso de 600 mega, 200 mega, dependendo do plano que o operador vai oferecer naquela região.

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Deve começar a tracionar o faturamento ao longo do primeiro semestre e deve ter um nível mais interessante no segundo semestre deste ano. É uma das linhas nas quais acreditamos daqui para frente.

Inv.com – Além do carregamento para veículos elétricos, a companhia pretende entrar em novas categorias em 2023? Quais?

Teixeira – Em energia, a gente lançou em dezembro a nossa linha de nobreaks de média potência. Até o final sai com a linha de alta potência. São duas linhas bastante relevantes nosso direcionamento de negócios para projetos, projetos corporativos, de grandes empresas, com as verticais de atuação e os carregadores veiculares também estão dentro da mesma unidade de negócios, que é a nossa unidade de energia, dentro do segmento energia.

Ainda estamos iniciando o desenvolvimento desse mercado. A frota de veículos elétricos ainda é pequena, aos poucos ela vai aumentando, vai ganhar espaço na frota brasileira. A forma de carregar ou a forma de abastecer o carro vai mudar.

A gente vai ver carregadores veiculares presentes nas empresas, presentes nos condomínios residenciais, nos shoppings centers, nas grandes lojas de varejo e esses são os públicos onde o nosso revendedor já está presente, vendendo as soluções de comunicação, de segurança, de energia. Então a ideia lançar o carregador veicular também partiu dessa identificação, dessa conversa com as revendas e com o consumidor final.

Estão quatro produtos no portfólio, a gente segue desenvolvendo, temos bastante interesse em ocupar uma posição de destaque nesse negócio que precisa iniciar no tempo certo e a gente entende que agora está na fase de começar a treinar revenda, mostrar que existe um negócio e ensinar a vender, ensinar a instalar, para quando existir maior movimento do mercado, a gente estar pronto e liderando esse processo.

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Ainda em relação a carregador veicular, ele não é só um hardware de carga, uma grande tomada, ele tem um software associado de maneira que será possível fazendo compras no supermercado e acompanhar que o veículo está sendo carregado, que está tudo certo. Então teremos ambientes de negócio oferecendo esse nível de serviço adicional para trazer os seus clientes pra dentro das lojas, dos ambientes de negócios.

Inv.com - A empresa teve um IPO mais recente e, dentre as empresas de tecnologia, teve uma valorização expressiva nos papéis. A que se deve esse movimento, na sua opinião?

Teixeira – A gente tem orgulho de ter sido um dos melhores, mas um pouco de tristeza de que as outras não evoluíram tanto também. Eu acho que o mercado de tecnologia no Brasil passou por um momento de bastante demanda do ponto de vista do investidor, existem empresas que tem muito a contribuir. Mas, de fato, a gente se destacou e eu acho que existem dois aspectos que são muito relevantes no nosso modelo de negócios que podem ter feito sentido no olhar do investidor.

O primeiro é que a gente tem claras avenidas de crescimento, um plano de negócios bem desenvolvido, bem claro, que já vem historicamente sendo realizado, temos 46 anos de vida, estamos entregando crescimento, novas oportunidades de negócio para os nossos parceiros e para os nossos colaboradores, para os nossos acionistas. Desde o IPO, a gente vem entregando o que prometeu.

O segundo ponto é que, associado à tese de crescimento, a gente também entrega resultado. Quando o investidor olha para o negócio da Intelbras, ele pode perceber uma tese de crescimento de receita, mas que já entrega resultado, já entrega um retorno sobre o capital investido atualmente em níveis bons, com lucro operacional, com Ebitda forte, com lucros líquidos altos, então essa mescla de uma entrega planejada e de fato executada com resultado acabou nos dando uma posição de destaque no mercado.

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A gente tem certeza de que tem muito a ser feito ainda e segue trabalhando duro. Cada resultado bom que a gente entrega, a gente diz que o negócio fica mais difícil.

Inv.com - Alguma mudança de estratégia relevante para o conhecimento do investidor, seja em aquisições, proventos, entre outros?

Teixeira - A Intelbras segue com uma estratégia muito firme de crescer de maneira robusta e sustentável. Uma das decisões que a companhia tomou enxergando 2023 como um período um pouquinho mais difícil ou com maiores desafios para os negócios,  foi o reforço no caixa. A gente entende que esse conservadorismo de caixa é importante em momentos de crise, em momentos de um mercado um pouquinho mais desafiador.

Então a tese toda está construída de uma forma muito sólida. Aos poucos a gente vai ganhando um pouco mais a confiança do investidor. Seguimos bastante confiante nas entregas e devemos chegar no fim do ano que vem com mais um resultado positivo, como vem sendo ao longo dos últimos anos.

 

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