Por Jessica Bahia Melo
Investing.com - Rentabilidade em alta, diversificação do portfólio e um balanço saudável fazem uma novata na bolsa de valores brasileira remar contra a maré. Diante do cenário de alta dos juros, que pressiona ações de crescimento, a Intelbras (BVMF:INTB3) foi um “IPO que deu certo”. As ações da Intelbras eram cotadas a R$19,64 em 5 de fevereiro de 2021. Nesta terça-feira, 25 de outubro, fecharam o pregão a R$33,65, baixa de 2,29%. No entanto, nos últimos 365 dias, subiram 19,80%.
A Intelbras vem diversificando cada vez mais o portfólio. Se, na década de 90, os trabalhos eram mais voltados para o setor de comunicação, com a popularização do telefone sem fio, hoje a companhia conta com soluções em segurança, comunicação, redes e energia.
O balanço do terceiro da Intelbras será divulgado na próxima segunda, 31 de outubro, após o fechamento do mercado. No segundo trimestre, a Receita Operacional Líquida foi de R$ 1,015 bilhões, representando um crescimento de 40,1% com relação ao ano anterior.
O EBITDA apresentou o valor de R$ 118,989 milhões, 13,4% superior trimestre anterior, com uma margem EBITDA de 11,7%. Se comparado ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 24,1% com uma queda de 1,5 ponto percentual.
O Lucro Líquido no segundo trimestre do ano foi de R$ 96,776 milhões, representando um crescimento de 13,5% com relação ao realizado no mesmo período do ano anterior e margem líquida de 9,5% da receita operacional líquida.
Bull case, tese de alta
José Eduardo Daronco, analista da Suno Research, considera que a companhia é referência em transformação e muito competitiva. “Ela se transformou de uma empresa de telecomunicação em uma empresa com receita proveniente da segurança e do segmento de energia”, diz.
De acordo com Guilherme Corazza, analista da Eleven Financial Research, o segmento solar é um fator de impulso para as ações. “É algo bem interessante, com crescimento bem acelerado e demanda grande desse mercado. Inclusive, a empresa está criando um centro de distribuição novo para acomodar essa demanda”, afirma.
Bear case, tese de baixa
Para Daronco e Corazza, a dependência dos fornecedores do mercado externo é um dos riscos.
Danielle Lopes, analista da Nord Research, acredita que, entre os riscos, está uma possível retirada dos benefícios fiscais da companhia. “Não é uma margem líquida muito grande sem o benefício. Existe o risco, a probabilidade de ele acabar é pequena mas, se isso acontecer, qual o impacto na ação, que possui múltiplos mais altos?“, indaga.